os desafios do Santos por novo executivo de futebol

A experiência de Pedro Martins como CEO do Santos chegou ao fim. Nesta terça-feira (27), o profissional, incomodado com a falta de autonomia para profissionalizar o clube, se reuniu com o presidente Marcelo Teixeira e pediu demissão. Ao todo, foram seis meses de trabalho.
A partir de agora, o Santos, capitaneado pelo presidente Marcelo Teixeira, vai ao mercado buscar algum profissional para liderar o Departamento de Futebol alvinegro a pouco mais de um mês da abertura da próxima janela de transferências – entre 10 de julho e 2 de setembro de 2025.
Além das dificuldades para encontrar um profissional de alto nível para a função, o Santos, provavelmente, terá obstáculos para efetivar essa contratação. E o principal deles será: convencer o escolhido de que a Vila Belmiro e o CT Rei Pelé são lugares em que a sua filosofia e projeto de trabalho serão realmente colocados em prática.
As mudanças no organograma do Santos
O Santos começou a temporada com um discurso de profissionalização, que até o momento não saiu do papel.
Para se ter uma ideia, o Peixe conquistou o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro tendo Paulo Bracks na função de CEO e Alexandre Gallo como executivo de futebol.
Ocorre que enquanto Bracks visitava a família, em Minas Gerais, durante as festas de fim de ano, o Peixe viabilizou a chegada de Pedro Martins exatamente para o cargo de CEO. Mais do que isso: ao desembarcar na Baixada Santista, o novo contratado também acumulou o posto de executivo de futebol.
Tudo isso sem qualquer conversa antecipada com Bracks e Gallo.
— O presidente conversou com os dois sobre a minha chegada. Minha prioridade foi a definição do treinador. Já tenho algumas opiniões sobre a estrutura do clube. Nos próximos dias vamos sentar e avaliar. Não só esses profissionais, como todos que estão no organograma. Avaliaremos como posicionaremos cada profissional visando o que o clube quer para 2025. Com base nisso, nós apresentaremos como Santos funcionará pensando na temporada 2025. Hoje temos a definição do CEO, a partir daí tomaremos outras decisões — disse Pedro Martins logo na sua entrevista de apresentação.
Horas mais tarde, ainda em dezembro de 2024, Gallo foi informado de que não permaneceria no clube para 2025.
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Bracks sai e Pedro Martins resiste por cinco meses
Remanejado para uma outra função, Bracks seguiu trabalhando no Santos por mais 20 dias. Mas, diante de um convite do Atlético-MG, o profissional, assim como fez Pedro Martins nesta terça-feira, pediu demissão para chefiar o departamento de futebol do Galo.
Com a responsabilidade de projetar uma profissionalização nos departamentos santistas e montar o elenco para 2025, Pedro Martins não viu os planos saírem conforme o esperado dentro e fora de campo.
Com o time na zona de rebaixamento do Brasileirão e eliminado da Copa do Brasil para o CRB, o CEO se viu sem a autonomia prometida e entregou o cargo cinco meses depois de Bracks.
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Santos é visto como clube com muitos desmandos
É com esse histórico, e a visão externa de ser um clube com muitos desmandos, devido a influência dos assessores do presidente, que o Santos começará a agir no mercado em busca de um novo profissional.
Ao ser escolhido e convencido, o futuro responsável pelo futebol do Peixe ainda terá que lidar com os problemas financeiros para evitar novos transfer bans da Fifa, em razão de diferentes dívidas.
Atualmente o Santos é cobrado na entidade que comanda o futebol mundial pelo ex-técnico Pedro Caixinha, que não recebeu a sua rescisão contratual; Monaco, ainda à espera de parcelas pela venda de Jean Lucas, e Arouca, que vendeu João Basso, mas não recebeu o valor integral.