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Ancelotti mostra que mudou muito, menos o futebol de uma Seleção que segue sem encantar

A contratação de Carlo Ancelotti fez o torcedor brasileiro se encher de expectativa e esperanças, como há muito não ocorria em sua relação com a Seleção.

A chegada do técnico, de fato, transformou o ambiente da seleção brasileira. O relato é de que o estilo de “liderança tranquila” e fino trato no dia a dia deixou o ambiente mais leve. O próprio treinador era só sorrisos em sua entrevista coletiva na última quarta-feira (4).

A única coisa que Ancelotti ainda não conseguiu fazer é mudar o futebol da seleção brasileira. Dentro de campo, (quase) tudo segue o mesmo.

Na estreia do italiano como técnico, a Seleção jogou pouco e ficou no 0 a 0 com o Equador, nesta quinta-feira (5), em Guayaquil, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.

Estevão tenta o drible contra o Equador (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

Inofensiva, Seleção mal assusta o Equador

Em seu primeiro ato, Ancelotti armou a Seleção à la Real Madrid (de 2023/24): no 4-3-3, com Casemiro, Bruno Guimarães e Gerson no meio-campo e o trio Estevão, Richarlison e Vini Jr. no ataque.

O treinador pretendia combinar a criatividade e a visão de jogo de Gerson com a velocidade e a mobilidade do trio de ataque.

Muito bonito no papel. Mas na realidade, a Seleção parecia mais preocupada e até satisfeita com iniciar o “ciclo” com Ancelotti sem derrota. Tanto que foi inofensiva durante o jogo.

Sob o pragmatismo do treinador, o Brasil teve menos posse de bola que o Equador e finalizou apenas três vezes a gol em 90 minutos — contra seis do rival. A estratégia, em especial para a segunda etapa, era esperar o rival e tentar escapar em um contra-ataque fortuito.

O tempo escasso de treinos, com apenas três sessões antes da estreia, parece ter impactado uma Seleção que segue sem repertório. A principal jogada era explorar ora Vini Jr., ora Estevão.

Perceba: este relato não tem menções a chances claras, ou lances de grande perigo. Há um motivo para isso.

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Ao menos um problema, Ancelotti já resolveu

Se faltou criatividade e agressividade à Seleção, ao menos sobrou organização defensiva. Prova disso é que o Brasil enfim passou 90 minutos sem ser vazado, após quatro jogos seguidos com gols sofridos.

De fato, a equipe que levou 17 gols em 16 jogos com Dorival Júnior parecia bem mais segura em campo. E uma explicação (óbvia) para isso é o esquema tático utilizado por Ancelotti.

Depois da escalação com quatro atacantes que resultou no trauma da goleada por 4 a 1 sofrida para a Argentina, Ancelotti armou uma equipe bem mais protegida.

Com Casemiro de volta na dupla de volantes com Bruno Guimarães, o Brasil esteve mais protegido. E o treinador também foi pragmático. Se foi necessário jogar recuado e fechar espaços contra o Equador, a Seleção o fez. E deu certo.

Casemiro, em ação contra o Equador
Casemiro, em ação contra o Equador (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

Situação na tabela

O Brasil não perde posições com o empate em Guayaquil. A Seleção ocupa a quarta colocação, com 22 pontos e ainda pode garantir a vaga na Copa do Mundo na próxima fase.

O que muda é o rival que esta a sua frente. O Paraguai venceu o Uruguai e trocou de posição com a Celeste: agora, é terceiro colocado com 24 pontos, contra 21 dos uruguaios, que aparecem em quinto.

O próximo jogo da Seleção Brasileira

  • Brasil x Paraguai — Eliminatórias — terça-feira, 10 de junho, às 21h45 (horário de Brasília) — Neo Química Arena

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