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Europa eleva risco da doença após registro de nova cepa na Suécia

Agência Brasil

Probabilidade de transmissão sustentada dentro do continente ainda é considerada baixa

O Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças
(ECDC) elevou o nível de risco de mpox
na Europa após a detecção da nova cepa mais grave do vírus,
o Clado 1b,
na Suécia, a mesma que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS)
a decretar emergência ao final desta semana.

Conforme uma nova avaliação do órgão,
o risco, anteriormente classificado como “baixo”, passa a ser considerado “moderado”. Por meio de comunicado, o ECDC afirmou que é “altamente provável” que o continente europeu registre mais casos importados da doença,
relacionados à nova variante.

“Como resultado da rápida disseminação desse surto na África, o ECDC aumentou o nível de r isco para a população em geral na Europa
e para os viajantes às áreas afetadas.
Devido aos estreitos vínculos entre a Europa e a África, devemos estar preparados para mais casos importados do Clado 1”, afirmou Pamela Rendi-Wagner,
diretora do ECDC, no documento.

O ECDC ressalta, também, que, apesar do risco elevado, a probabilidade de transmissão sustentada dentro do continente ainda é considerada baixa,
desde que casos importados sejam rapidamente identificados e as medidas de controle sejam implementadas.

Para tal, foi recomendado que países orientem viajantes que estejam indo ou retornando de áreas fortemente afetadas na África
 que estejam sobre o risco elevado de contaminação.

O caso dentro da Suécia

Na quinta-feira (15), a Agência Sueca de Saúde Pública
confirmou o primeiro caso do Clado 1b
fora do continente africano.

Segundo Magnus Gisslén, epidemiologista do órgão, o paciente foi infectado durante uma viagem
a uma região africana
 na qual “há um grande surto do Clado 1 da mpox”. O país não foi especificado. O paciente procurou atendimento na região da capital sueca, Estocolmo.

“Esse caso, por si só, não exige medidas adicionais de controle de infecção,
mas levamos muito a sério o surto de mpox do Clado 1. Estamos monitorando de perto e preparados para tomar medidas de controle da infecção, como rastreamento, testes e regras de conduta”, acrescentou Gisslén.

Nas redes sociais, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus,
comentou que a identificação do Clado 1b na Suécia “ressalta a necessidade de os países afetados combaterem o vírus juntos”. 

“Incentivamos todos os países a aprimorar a vigilância, compartilhar dados e trabalhar para entender melhor a transmissão; compartilhar ferramentas, como vacinas; e aplicar as lições aprendidas em emergências de saúde pública anteriores de interesse internacional para lidar com o surto atual”, disse ainda.

Hans Kluge, diretor regional para Europa da OMS,
destacou que “era apenas uma questão de tempo” até que o Clado 1 se espalhasse para outras regiões.

“Como observamos anteriormente, era apenas uma questão de tempo até que o Clado I da mpox fosse detectado em outras regiões da OMS, dado o nosso mundo interconectado (…) Mais uma vez, a OMS/Europa pede a todos os 53 Estados Membros da Europa e da Ásia Central que aprimorem a vigilância”, escreveu.

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