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Entenda por que lateral de Seleção ‘furou fila’ em Cotia e é exceção na base do São Paulo

Aos 17 anos, o lateral-direito Igor Felisberto foi o único jogador do São Paulo na última lista de convocados de Ramon Menezes para a seleção brasileira sub-20.

O jovem se apresenta na Granja Comary na próxima segunda-feira (7) para uma semana de treinamentos em preparação para o Sul-Americano da categoria, em janeiro de 2025.

Mas a convocação não é o único motivo que faz de Felisberto uma exceção em Cotia.

Por que Felisberto é exceção no São Paulo

Um dos atletas mais promissores das categorias de base do São Paulo, o lateral-direito é hoje o único jogador nascido em 2007 a fazer parte da equipe sub-20.

Os demais companheiros são todos nascidos em 2006 ou antes.

O garoto “furou a fila” graças a um diagnóstico feito pelas comissões técnicas e diretoria das categorias de base.

A avaliação é de que o jovem já estava pronto para saltar de categoria e fazer enfrentamentos com atletas mais velhos e que exijam mais dele dentro de campo.

— A gente entende que o Igor dentro de algum tempo vem performando de forma significativa, encontrou um tempo adequado para que esteja sempre performando na categoria de cima. Não à toa, é um jogador sub-17 convocado para o sub-20 — Allan Barcellos, técnico do sub-20, à Trivela.

No início do ano Igor Felisberto já havia sido o caçula do São Paulo na disputa da Copa São Paulo de Futebol Júnior.

À época com 16 anos, o garoto foi integrado ao elenco principal por Thiago Carpini, devido a alguns problemas na posição, mas ele não chegou a estrear no time de cima.

Igor Felisberto é exceção na base do São Paulo (Miguel Schincariol/saopaulofc.net)

Como o São Paulo trabalha a transição na base

A presença de Igor Felisberto no time sub-20 foge à regra em Cotia. O mesmo vale o zagueiro Igão (17 anos) e para os atacantes William Gomes (18 anos) e Henrique (17 anos), já integrados ao elenco de Luis Zubeldía.

O clube tem um cuidado especial com a transição de jovens talentos para evitar pular etapas e até “queimar” jovens com potencial.

A ideia é evitar “subir por subir” um atleta de uma categoria para a outra. Por isso, há um trabalho para entender os “porquês” de cada promoção.

— A gente precisa ter muito cuidado com as transições. Precisa entender os porquês das subidas e o tempo delas. A gente entende que o quando o atleta atingiu um nível satisfatório de performance em sua faixa etária, chegou a hora de gerar novos desafios e enfrentamentos.

— Cada atleta tem um tempo, cada atleta desempenha em cada cenário aquilo que tem de melhor em cada tempo. Temos isso de forma rigorosa para que a gente tente minimizar o erro — explica Allan Barcellos.

Allan Barcellos comanda uma pequena "revolução" no time sub-20
Allan Barcellos detalha como funciona a transição no São Paulo (Miguel Schincariol / São Paulo FC)

Hoje, o São Paulo prefere dar mais tempo a alguns garotos para que eles atuem em nível de protagonismo em suas respectivas antes de saltar etapas.

O que não impede, claro, que jogadores mais promissores saltem categorias e até sejam integrados ao profissional.

— Temos que dar oportunidade, sequência a todos os atletas dessas gerações e entender que os atletas sub-17 estão sendo protagonistas dentro de suas gerações. E estamos sempre monitorando, mas tentando sempre encontrar o tempo de cada um para buscar a performance na categoria — ressalta Barcellos.

Multa de R$ 361 milhões protege joia

Igor Felisberto assinou seu primeiro contrato profissional com o São Paulo no ano passado. A multa rescisória estipulada no documento é de 60 milhões de euros (R$ 361 milhões).

Felisberto é natural de Içara, em Santa Catarina, e chegou ao São Paulo em 2018, com 11 anos. O garoto chamou a atenção do Tricolor após se destacar em um campeonato local de futsal.

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