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Atlético-MG define soluções para reclamações de jogadores e torcedores na Arena MRV

O Atlético-MG decidiu o que fazer para tentar acabar com as principais reclamações de jogadores e torcedores na Arena MRV. O estado do gramado e a acústica do estádio são temas desde a abertura, e agora o clube pretende dar um ponto final nesses problemas.

O gramado da Arena MRV é um problema nítido para o Atlético. Ele já foi criticado algumas vezes, inclusive por jogadores do próprio Atlético, principalmente em 2024. Não à toa, o clube chegou a mandar um jogo no Mineirão para tentar resolver a má qualidade do campo.

A Trivela tentou explicar os principais motivos para a má qualidade do campo da casa do Galo.

Scarpa conserta gramado da Arena no meio do jogo contra o Cuiabá (Reprodução)

Mas a solução que pode dar fim a qualquer problema no campo da Arena MRV era um só: instalação do gramado sintético. E isso já está praticamente definido pela diretoria, como revelou o CEO do Atlético, Bruno Muzzi, em evento nesta quinta-feira (3), em Belo Horizonte.

— Eu acho que já está um pouco pacificada internamente também essa questão de grama natural contra grama sintética. A gente entende a importância da grama sintética para um equipamento igual à Arena MRV, pelas suas características. Eu acho que, em breve, devemos ter boas notícias — destacou o dirigente atleticano.

Para chegar a confirmação da mudança para sintético, o Atlético precisa se acertar com a Prefeitura de Belo Horizonte, já que há uma lei que não permite essa troca ser feita e o estádio seguir liberado.

— A conversa está super aberta com a Prefeitura. A gente tem achado alguns caminhos. Estou otimista que a gente consegue transformar a grama da Arena MRV para sintética — disse Muzzi.

Sintético 100% ou híbrido?

Com o tema da mudança já acontecendo há algum tempo, surgiu a discussão se o Atlético optaria por 100% sintético ou um gramado híbrido, que tem maior porcentagem de grama natural. Muzzi respondeu qual será a escolhida:

— Sintético. O híbrido não faz sentido para nós, por ser 85% composto de grama natural. Então, o problema de iluminação, de crescimento da grama, permaneceria praticamente o mesmo — explicou.

A grama sintética não é a preferida dos jogadores, e alguns do Atlético já deixaram isso claro. No entanto, é consenso, e até Hulk já falou diretamente para Muzzi, que é melhor um sintético de qualidade do que um natural ruim como está.

Hulk em ação pelo Atlético no Nilton Santos
Hulk indicou o gramado do Nilton Santos como referência de sintético de ótima qualidade (Pedro Souza / Atlético)

Sintético ajuda a aumentar lucro do Atlético

Além da grama sintética aparecer como solução para o futebol, já que não precisa da luz solar, principal problema atual para a qualidade do gramado não ser dos melhores, ele também vai fazer o Atlético lucrar em outro quesito.

Em 2024, justamente por conta do campo ruim, a Arena MRV não recebeu nenhum grande show. E isso estava na meta orçamentária do clube. No entanto, o Galo recusou mais de 20 oportunidades visando preservar o gramado o máximo possível para o futebol.

O Atlético já recusou mais de 20 shows na Arena MRV em 2024 por conta do gramado. Era um recurso importante e previsto pelo clube.

Caso não consiga mudar para o sintético, pois é preciso de acordo com a Prefeitura, Galo deve manter troca constante do gramado. Cada troca custa em torno de R$ 1 mi.

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— Alecsander Heinrick (@alecshms.bsky.social) 2 de setembro de 2024 às 17:48

Com a grama sintética, o Atlético poderá fazer shows sem problemas no gramado, que não fica danificado como o natural. Nesse caso, é até mais um motivo para não utilizar o híbrido, que sofre mais com shows e, se precisar substituir, tem mais complexidade.

Acústica da Arena MRV será corrigida

O Atlético já admitiu, inclusive na figura do próprio Bruno Muzzi, que há um problema de acústica na Arena MRV. O som da torcida é abafado e não cria o clima de caldeirão prometido.

O Galo fez estudos para buscar uma solução mais rápida, e já foi até definido qual material será usado para conseguir fazer da Casa do Galo um caldeirão.

— Os estudos estão praticamente finalizados. Já definimos quais os materiais que a gente deve colocar no forro superior. A gente pretende, quanto antes, acabar de orçar e encomendar esse material, uma parte dele, para começar a instalar e fazer o teste real com a acústica — disse Muzzi, que espera o início das instalações até o fim de 2024.

Mais uma noite de Copa. Mais uma festa absurda da torcida do Atlético.

@trivela.com.br

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— Alecsander Heinrick (@alecshms.bsky.social) 25 de setembro de 2024 às 23:48

Neste momento, a solução encontrada pelo Atlético foi o sistema chamado de voice lift, que basicamente pega o som da torcida e reverbera ele no estádio, algo que não acontece naturalmente, através de caixas de som.

Apesar das placas serem solução estrutural, Muzzi disse que o voice lift deve seguir sendo utilizado, trabalhando em colaboração com as placas.

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