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A profecia do dono do Atlético-MG que caiu por terra (por culpa dele)

“Daqui a cinco anos eu tenho certeza que vai dar certo e o Atlético-MG vai ser uma potência do futebol mundial”

Essa frase foi dita por Rubens Menin, sócio majoritário do Atlético, em 2020, em entrevista a Band Minas. Cinco anos depois, a projeção do dono do Galo foi para um caminho completamente diferente, e o time nem Libertadores vai disputar.

A frase de Menin foi dita em julho de 2020 — e ele a repetiu algumas vezes nos últimos anos. O empresário não era ainda dono do Atlético, e sim tratado como mecenas. Naquele ano, ele e outros milionários atleticanos investiram pesado no clube, mesmo em meio a pandemia.

O investimento trouxe retorno e, em 2021, o Atlético dominou o Brasil conquistando Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil com sobras.

Atlético campeão Brasileiro em 2021 (Pedro Souza/Atlético)

Só que esses mesmos empresários, que em 2023 se tornaram donos do clube, fecharam a torneira após o ano mágico vivido pelo Galo. O resultado foram campanhas cada vez piores, culminando agora no clube fora da próxima Libertadores, justamente no ano em que Menin projetava o clube como potência mundial.

Como o Atlético será uma potência mundial se não poderá ser nem uma potência da América?

Investimentos baixos e falta de reposição justificam queda do Atlético

Quando dominou o Brasil em 2021, o Atlético tinha um time excelente, mas, mais do que isso, tinha um elenco muito qualificado, com jogadores de confiança e que mantinham o mesmo nível dos titulares.

Pelo retorno que o clube deu (e a promessa de Menin), era o esperado que os investimentos continuassem e até aumentasse, mas o que se viu no Galo foi outra coisa.

Jogadores importantes e de confiança foram saindo, como Savarino, Jair, Allan e Nacho Fernandez. Para o lugar deles, foram contratados atletas que não tinham nem a mesma expectativa de rendimento, que foi confirmada com nenhum dando certo no clube.

Savarino e Nacho deixaram o Atlético e não tiveram substitutos a altura. O venezuelano acabou de ser campeão da Libertadores em cima do clube e como protagonista (Pedro Souza/Atlético)

O resultado foi um Atlético com um elenco muito desbalanceado, que refletiu na temporada 2024, onde o time se matou para chegar em duas finais de Copas com os titulares, e passou vexame no Brasileiro com os reservas.

A história da temporada termina com os titulares não conseguindo trazer nenhum dos dois títulos, um banco de reservas completamente supérfluo, que não fez diferença nem nas decisões e muito menos nos jogos do Brasileiro, em que tiveram que jogar.

Rubens Menin se posiciona

Após perder a final da Libertadores, Rubens Menin fez uma postagem em suas redes sociais lamentando a derrota “amarga”, mas destacando que é preciso aprender com os erros cometidos.

A mensagem do dono do clube não foi nada suficiente para o torcedor, e os comentários dá postagem foram recheados de críticas a ele e aos demais sócios.

A promessa de o Atlético se tornar uma potência mundial não foi a primeira não cumprida por Menin e os donos do Atlético, que já assumiram o clube cheio de compromissos não cumpridos.

Os sócios majoritários da SAF do Atlético, intitulados 4Rs
Rafael e Rubens Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimarães, os novos donos da SAF do Atlético (Pedro Souza/Atlético)

Meta superada fará Atlético investir de novo?

O Atlético superou, e muito, as expectativas orçamentárias com premiações em 2024. O clube projetou chegar as oitavas da Copa do Brasil e da Libertadores. Tendo chegado a final de ambas, arrecadou R$ 97 milhões na competição continental e R$ 51 milhões na nacional.

Mesmo sem os títulos desses torneios e fora da próxima Libertadores, pois não consegue mais a vaga via Brasileiro, o torcedor do Atlético espera (e cobra muito) que o clube volte a investir em 2025.



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