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Augusto Melo entrega defesa de impeachment no Corinthians; entenda os próximos passos

Terminou nesta sexta-feira (27) o prazo para o presidente Augusto Melo apresentar a sua defesa ao Conselho de Ética do Corinthians em relação ao pedido de impeachment no qual é alvo. 

O dirigente optou por enviar a argumentação por escrito ao órgão. Ele tinha a opção de se defender de forma oral. 

O documento entregue pelo mandatário corintiano contém evidências que buscam assegurar a lisura dele desde que assumiu a presidência do clube alvinegro. O registro foi enviado antes mesmo do prazo limite para entrega. 

Agora, o Conselho de Ética precisa devolver ao Conselho Deliberativo corintiano o pedido de impeachment com a defesa de Augusto e o parecer.

O papel do Conselho Deliberativo no futuro de Augusto Melo

O processo de impeachment do presidente corintiano só será aberto oficialmente quando o Conselho do clube alvinegro convocar uma reunião extraordinária para deliberar e votar o tema. 

O órgão é composto por 200 conselheiros eleitos para o triênio entre 2024 e 2026 e 104 com cadeiras vitalícias. 

Neste cenário, basta que a maioria simples dos votos válidos, que desconsidera ausências e abstenções, sejam favoráveis para que a destituição de Augusto Melo avance. 

No caso do impeachment do dirigente corintiano prosseguir entre os conselheiros, ele seria sumariamente afastado do cargo, que passaria a ser ocupado por Osmar Stabile, primeiro vice-presidente. 

Osmar, por sua vez, teria a responsabilidade de convocar assembleia de sócios em até 30 dias. 

A expectativa da oposição a Augusto Melo é de que o impeachment do presidente avance no Conselho Deliberativo. 

Desligamento definitivo dependerá dos sócios

Assim como acontece para definir quem ocupará a presidência do Corinthians a cada três anos, o processo de destituição de um mandatário no clube alvinegro só é efetivado com a participação dos sócios. 

O estatuto social corintiano ainda não prevê a participação dos sócios-torcedores, mudança discutida internamente entre os conselheiros. São cerca de 4,5 mil associados aptos a votarem. 

Assim como no Conselho, o avanço, ou não, do impeachment de Augusto Melo depende da maioria simples dos votos. 

O que a oposição do Corinthians alega?

Diversos artigos do estatuto social corintiano e da Lei Geral do Esporte são usados como argumento para solicitar a destituição de Augusto Melo da presidência corintiana. 

O documento foi assinado por um grupo de 86 conselheiros em um movimento organizado, que se chama “Reconstrução SCCP”. 

O coletivo conta com membros da “Renovação e Transparência”, grupo que comandou a administração do Corinthians durante 16 anos, até o fim de 2023, mas também antigos aliados de Augusto, melo como o ex-diretor de futebol Rubens Gomes, o Rubão. 

O principal motivo apontado pelos conselheiros que querem a saída de Melo é o “caso Vai de Bet”, onde o Timão passou a figurar no noticiário policial por conta de uma investigação da Polícia Civil e o Gaeco sobre um possível esquema de corrupção no contrato com a patrocinadora máster do clube. 

Rubão foi braço-direito de Augusto Melo na campanha para presidente, mas rompeu antes de estourar o “caso Vai de Bet” (Foto: Rodrigo Coca/Ag.Corinthians)

Apontado oficialmente como intermediário, com direito a receber uma comissão de 7% no negócio, Alex Fernando André, conhecido como Alex Cassundé, através da sua empresa, a Rede Social Media Design Ltda, supostamente teria enviado R$ 1,04 milhões para uma empresa de fachada, cujo a proprietária é uma laranja. 

O depoimento de Cassundé negando a intermediação e dizendo que foi agraciado com o valor de intermediação, bem como outras evidências, como denúncias do vice-presidente Armando Mendonça são usados pelos opositores para solicitar a saída do presidente Augusto Melo, que é apontado como conivente e participante do esquema de corrupção. 

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