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Caiado rebate Governo Federal e acusa Lula de “promover a criminocracia”

O governador de Goiás e pré-candidato à presidência da República, Ronaldo Caiado (União Brasil), reagiu com veemência às informações divulgadas pelo Ministério da Justiça que apontam suposta ligação de postos de combustíveis goianos com facções criminosas. Segundo ele, “a divulgação de dados falsos sobre Goiás não passa de um tiro político contra o estado que tem denunciado o acovardamento do Governo Federal no combate às facções”, disse. A resposta veio após críticas da ministra Gleisi Hoffmann (PT), que confrontou Caiado publicamente sobre o tema.

“Quem tem histórico de conivência com o crime organizado é o presidente Lula e o PT”, disparou o governador. Ele afirmou que os dados divulgados são falsos e que, em quase dois anos e meio de governo, Lula não realizou nenhuma operação federal significativa contra os núcleos criminosos no país. Para Caiado, o Brasil está passando de um Estado democrático para uma “criminocracia”, termo usado para descrever a suposta influência crescente do crime sobre as estruturas governamentais.

Caiado acusou o Governo Federal de se omitir diante da expansão das facções em setores estratégicos da economia, como usinas e postos de combustíveis. Ele citou que, em Goiás, houve redução de quase 90% nos índices de criminalidade entre 2019 e 2025, reforçando que o estado vem enfrentando com rigor o crime organizado, ao contrário da União. Para ele, a publicação de dados sobre Goiás é uma tentativa de enfraquecer sua posição como opositor.

Governador é contra a criação do Susp

Sobre o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) defendido por Gleisi Hoffmann, o governador criticou a proposta, dizendo que ela apenas concentra poder nas mãos do PT e enfraquece os estados. “Querem que a polícia enfrente faccionados com flores”, ironizou. Segundo Caiado, a centralização prejudica a eficiência das forças estaduais, que, segundo ele, são hoje mais eficazes que os órgãos federais no combate direto ao crime.

Inicialmente, a polêmica teve origem em reportagem da Folha de S. Paulo, que citava 163 postos em Goiás ligados a facções. Caiado desmentiu os dados, afirmando que apenas 26 estabelecimentos são investigados, sendo 22 por sonegação fiscal e quatro com suspeitas de vínculo com o crime organizado. Ele criticou a tentativa de generalização e reafirmou que a segurança pública de Goiás possui altos índices de aprovação e continuará atuando com independência.

Caiado será o principal nome da federação União Brasil-PP para 2026

O União Brasil e o PP fecharam, na noite desta quarta-feira (23/4), em Brasília, a formação de uma federação partidária com foco na eleição presidencial de 2026. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que até então era o principal entrave à união, aceitou a proposta em reunião com o presidente nacional do UB, Antônio Rueda, e o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel. Pelo acordo, Caiado será o pré-candidato à Presidência da República pela federação.

Logo após o encontro, Caiado e Mabel participaram do lançamento do livro do presidente do Republicanos, Marcos Pereira, onde também se encontraram com o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira. A federação garantirá a Caiado espaço na propaganda partidária e acesso a recursos de campanha, mediante a condição de melhorar seu desempenho nas pesquisas e alcançar, no mínimo, 10% das intenções de voto até julho de 2026. Ele iniciará articulações junto a lideranças de ambas as siglas.

Diferente das coligações, a federação partidária exige compromisso mínimo de quatro anos entre os partidos. A união entre PP e União Brasil formará a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 108 parlamentares, e a terceira maior do Senado, com 13 integrantes. A senadora Tereza Cristina, do PP, era até então o nome mais cotado da sigla, mas a federação já indicou apoio ao projeto de Caiado, que agora tem sinal verde para seguir com sua pré-campanha nacional.



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