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Capitão e goleiro menos vazado, Sidão comemora conquista vital no Paraná

Capitão e goleiro menos vazado, Sidão comemora conquista vital no Paraná

Sob risco de fechar as portas, o Paraná Clube ganhou sobrevida ao conquistar o acesso de volta à elite do futebol paranaense. Além disso, o Tricolor da Vila Capanema ficou com o título da segunda divisão estadual ao superar o Rio Branco nos pênaltis, no último sábado (27), em Paranaguá.

Um dos destaques da campanha da sobrevivência paranista foi Sidão. Aos 41 anos, o ex-jogador de Botafogo, São Paulo e Vasco foi capitão no jogo de volta da final e terminou como goleiro menos vazado da competição, com apenas cinco gols sofridos em 11 jogos.

Em entrevista exclusiva à Trivela, Sidão comemorou o feito pelo Paraná. Ele reconhece que esse foi um dos momentos mais marcantes da longa carreira, iniciada no começo dos anos 2000 no Corinthians.

— Tudo que eu vivi ali dentro do Paraná, a forma como fui recebido, como fui conquistando a confiança do torcedor ao longo dos jogos, e como encerramos a competição, com certeza vai ficar marcado de forma muito positiva na minha carreira. Um dos melhores momentos que eu já vivi dentro do futebol — garante.

Torcida do Paraná teve participação fundamental no acesso

Para atingir o objetivo, o Paraná contou com apoio impressionante de sua torcida. Foram mais de 100 mil pessoas apenas nos cinco jogos da fase classificatória da Divisão de Acesso paranaense, o que chegou a colocar o clube no top-10 do ranking de público no futebol brasileiro em 2024.

— O torcedor foi fundamental para essa nossa campanha e para essa volta do Paraná, com esse título também. Acho que algo semelhante eu vi apenas no São Paulo, em 2017. Mas o que eles fizeram aqui foi surreal — elogia Sidão.

Em 2017, o São Paulo brigou contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Mas uma queda do Tricolor Paulista nem se compararia ao que poderia significar para o Paraná, com dívida total na casa dos R$ 174 milhões, permanecer mais um ano na segunda divisão estadual. Sidão e os demais atletas sabiam da responsabilidade que tinham.

— Foi uma das pressões mais fortes que eu sofri no futebol, na questão de resultado. Porque não era a respeito de um jogo só, era a competição da vida do clube, da sequência do clube no futebol. Falava-se muito em fechar as portas do clube se a gente não conseguisse esse acesso. Essa pressão carregamos durante todo o campeonato — conta Sidão.

Mas o goleiro também destaca que a pressão foi utilizada como motivação para que os jogadores atingissem o objetivo.

— Quando parecia que alguém estava esmorecendo, ou se sentindo cansado, sempre era lembrado que dependia da gente  o futuro do clube. A gente conseguiu administrar bem internamente e usar isso como combustível para transformar em resultados positivos — ressalta o goleiro.

Mesmo com 41 anos, Sidão quer seguir no Paraná em 2025

Depois da campanha bem sucedida com o Paraná, Sidão nem pensa em pendurar as luvas, mesmo aos 41 anos. Inclusive, o experiente goleiro deseja permanecer no Tricolor da Vila Capanema para o Campeonato Paranaense de 2025, por meio do qual o clube buscará o retorno ao cenário nacional.

— Quanto à questão da idade eu estou bem tranquilo. Isso não me afeta em nada, principalmente porque a gente se apega muito ao desempenho e à questão física. Eu quero muito dar sequência com a camisa do Paraná, fazer com que o clube continue crescendo, evoluindo, e continuar escrevendo essa história com eles. Acho que criamos uma conexão muito forte e uma identidade boa — frisa.



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