O Fortaleza visitou o caldeirão El Cilindro contra o Racing, carrasco dos times brasileiros desde o ano passado, e lutou para sair com o empate nesta quinta-feira (29), mas não conseguiu. No último minuto, Adrián Martínez virou um voleio e confirmou a segunda derrota da equipe de Juan Pablo Vojvoda para o time argentino pela sexta rodada do grupo E da Libertadores.
O Leão, ao menos, confirmou a vaga às oitavas de final como segundo colocado, já que o Colo-Colo, o time que cedeu as duas únicas vitórias do time brasileiro, venceu o Atlético Bucaramanga.
O clube cearense, porém, sabe muito bem que precisa de muito mais para sonhar em avançar na competição. No sorteio que se avizinha, eles podem enfrentar Palmeiras, São Paulo, River Plate, Estudiantes, LDU, Internacional, Vélez Sarsfield ou o próprio Racing. Com exceção de um ou outro jogo, a equipe não seria favorita em nenhum confronto.
E não é à toa. Hoje, o time do Pici se defendeu por quase todo o jogo, praticamente não criou e sofreu vários sustos, precisando de João Ricardo e sendo vazado no fim. O desempenho irregular tem sido a marca do Fortaleza, há cinco jogos sem vencer, no período eliminado na terceira fase da Copa do Brasil para o Retrô-PE e atualmente no 16º lugar no Brasileirão, o primeiro fora da zona de rebaixamento.
Primeiro tempo quente tem Racing superior
Sobraram fortes divididas, faltas, reclamações, contatos sem bola e discussões na primeira parte do jogo. O árbitro adotou uma postura de deixar seguir o quanto pôde e advertir pouco os times — apenas Adrián Martínez, do lado argentino, Brites, do Leão, foram amarelados.
Quando a bola esteve rolando, porém, o mandante foi superior ao time brasileiro. João Ricardo precisou trabalhar em chutes perigosos de Degregorio, Martínez e Martirena. Adrian Fernández ainda assustou em finalização bloqueada pela defesa antes que chegasse no goleiro após bom cruzamento rasteiro. Já Nardoni chutou de fora sem direção.
O Fortaleza apostou em jogadas de velocidade, mas não encontrou tantos espaços e, em alguns momentos, faltou qualidade para criar mais. O máximo que fez foi uma batida de Marinho que passou perto logo aos três minutos.
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Lado argentino continua superior e Fortaleza sucumbe no fim
A etapa final foi inferior à primeira. Mesmo que tenha dominado ainda mais, o Racing não fez quase nada para assustar João Ricardo. Além do gol, a melhor chance veio só aos 46 minutos: uma bomba de Martirena que explodiu no travessão. O goleiro do Pici não pegaria. Antes, o máximo que tinha feito de perigoso foi uma cabeçada de Sosa para fora.
O Fortaleza atacou ainda menos. Como o seu rival, chegou mais perto do gol só depois dos acréscimos. Em chutão aleatório e com Deyverson ganhando no alto, o garoto Lucca Prior isolou uma rara oportunidade de finalização na área argentina.