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ECONOMIA

Cinco curiosidades sobre o Canal do Panamá, que completa 110 anos

ARNULFO FRANCO

Um navio porta-contêineres passa pelas eclusas de Cocolí a caminho do Oceano Pacífico, no Canal do Panamá, Arraiján, em 12 de agosto de 2024

ARNULFO FRANCO

O Canal do Panamá completa 110 anos de operação na quinta-feira (15) e são muitas as curiosidades e anedotas relacionadas a esta colossal via interoceânica, construída pelos Estados Unidos após o fracasso dos franceses. Confira a seguir cinco fatos notáveis:

– O canal deu origem a um país –

A independência do Panamá da Colômbia, em 1903, está associada ao canal interoceânico.

Após o fracasso do conde francês Ferdinand de Lesseps em abrir um canal no istmo, os Estados Unidos promoveram a separação da província do Panamá e assinaram com o país recém-criado um tratado, cedendo-lhe permanentemente terra e águas para a via.

Após 10 anos de construção e um investimento de US$ 380 milhões na época (R$ 2 bilhões na cotação atual), o canal foi inaugurado em 15 de agosto de 1914 com a travessia do navio a vapor Ancón.

Ficaram para trás 25.000 mortes por doenças e acidentes durante a construção francesa e americana.

Na etapa francesa, em 1887, o então famoso pintor Paul Gauguin quase perdeu a vida trabalhando nas obras.

– Um Estado dentro do outro –

Washington estabeleceu a “Zona do Canal”, um território com a bandeira americana e que possuía suas próprias bases militares, policiais e sistema de justiça. Isto levou a décadas de exigências panamenhas pela reunificação do país e a tomada do controle da via.

“O canal representou muitas coisas nestes 110 anos. Em sua construção original: engenhosidade, perseverança e sacrifício; depois, uma grande luta para recuperar um único território nacional e uma única bandeira”, disse à AFP a vice-administradora da via, Ilya Espino.

Em 1977, o líder nacionalista panamenho Omar Torrijos e o então presidente dos EUA Jimmy Carter assinaram os tratados que permitiram a transferência do canal para o Panamá em 1999.

– Atalho com elevadores –

A via, com 80 quilômetros de extensão e que conecta o oceano Pacífico ao Mar do Caribe, funciona com eclusas, tipo de elevadores que elevam as embarcações a 26 metros para alcançarem o nível do lago Gatún e conseguirem atravessá-lo.

Outro conjunto de eclusas deixa os barcos no nível do mar para continuarem sua rota.

O canal transformou a navegação e o comércio mundiais. Os navios passam de um oceano a outro em cerca de oito horas sem precisar cruzar o Cabo Horn. De Nova York a San Francisco, um navio percorre 20.300 km.

Em 110 anos, a via marítima ficou fechada apenas em 1915, devido a um colapso, e em 1989, quando o Panamá foi invadido pelos Estados Unidos. Em 2010, foi interditada por 17 horas devido a inundações.

“Superamos uma pandemia de covid-19 sem fechar um só dia ao comércio mundial”, destaca Espino.

– Galinha dos ovos de ouro –

Conectando mais de 1.900 portos em 170 países, 6% do comércio marítimo mundial circula pelo Canal do Panamá. Seus maiores usuários são Estados Unidos, China, Japão e Coreia do Sul.

No início do século XXI, ficou pequeno para a intensa movimentação, então foi ampliado entre 2009 e 2016. Hoje é permitida a passagem de navios NeoPanamax, com dimensões de 49 metros de largura por 366 metros de comprimento, o equivalente a quase quatro campos de futebol.

Esta expansão “permitiu acomodar navios de até quase 18.000 contêineres”, conta à AFP o ex-administrador da via Jorge Quijano.

O canal contribui com 6% do PIB do Panamá e desde o ano 2000, entregou mais de R$ 25,7 bilhões (R$ 135,3 bilhões na cotação atual) ao Tesouro.

No ano fiscal de 2023, quando mais de 14.000 navios com 511 milhões de toneladas de carga o cruzaram, contribuiu com um recorde de US$ 2,5 bilhões (R$ 13 bilhões), muito mais do que em 85 anos de administração americana (US$ 1,8 bilhão ou R$ 9,5 bilhões).

– Canal de água doce –

Diferentemente do Canal de Suez, o do Panamá opera com água doce. “Utiliza duas vezes e meia mais que uma cidade do tamanho de Nova York”, afirmou o administrador da via, Ricaurte Vásquez.

Para cada navio, cerca de 200 milhões de litros de água doce são despejados no mar.

Os alarmes dispararam em 2023 quando uma seca forçou a redução do trânsito diário de navios de 38 para 22. Este ano está se recuperando.

“Muitos países têm petróleo ou gás, nós temos a água e a natureza está nos pregando uma peça que não esperávamos”, disse à AFP Jorge Pitti, responsável pelas operações da eclusa de Cocolí, no lado Pacífico da rota marítima.

As autoridades consideram construir um reservatório em um rio próximo para abastecer o canal, porém mais de 2.000 pessoas teriam que ser realocadas.

“O canal tem que recuperar a confiabilidade de seu serviço. Isso só pode ser alcançado ao garantir novas fontes de água”, alertou Quijano.

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