Como está o Chile, adversário da Seleção Brasileira? Veja convocados, time provável e mais

Atualmente em crise pelos resultados e futebol abaixo do esperado, a seleção brasileira terá o melhor adversário possível para enfrentar nesta Data Fifa de outubro: o Chile, eterno freguês e conhecido por “ressuscitar” o Brasil em momentos ruins.
A frase “Tá em crise? Chama o Chile!”, repetida pelo narrador Galvão Bueno em cada duelo entre a Amarelinha e os chilenos, não é por acaso: são 53 vitórias brasileiras em 75 partidas oficiais, incluindo marcantes classificações nas Copas do Mundo de 1958, 1998, 2010 e 2014.
A freguesia e o histórico são bons presságios para o selecionado do técnico Dorival Júnior, visitando La Roja nesta quinta-feira (10), às 21h (horário de Brasília), no estádio Nacional, em Santiago.
É claro que o retrospecto não entra em campo, mas há muitas preocupações para Seleção porque a fase do Chile está longe de estar boa.
Chile sofre em renovar geração campeã da América e pode não ir para Copa
A seleção chilena iniciou a trajetória nas Eliminatórias ‘para a Copa de 2026 sob comando de Eduardo Berizzo, mas ele durou apenas 16 jogos. Desde janeiro deste ano, Ricardo Gareca é o comandante da Roja, o que não significou um salto no desempenho do time.
Após oito rodadas, o Chile é apenas o vice-lanterna com apenas uma vitória, justamente sobre o último lugar das Eliminatórias, o Peru, 1 a 0 ainda com Berizzo à beira do campo. Vale citar que os seis primeiros vão direto ao próximo Mundial e o sétimo vai para repescagem.
Excluindo amistosos, a seleção chilena venceu apenas um dos últimos 13 jogos. No período, além de não classificar para última Copa (como aconteceu em 2018), caiu na fase de grupos da Copa América 2024 sem nenhuma vitória em uma chave com Argentina, Peru e Canadá.
Uma das razões para essa fase péssima é que o selecionado não conseguiu formar uma boa nova geração de jogadores após aquele grupo que deu os maiores títulos da história do país: as duas Copas Américas em cima da Argentina, em 2015 e 2016.
Gareca até tem feito um movimento para deixar alguns daqueles atletas para trás, excluindo Medel, Isla e Vidal das últimas convocações. Só que, mesmo assim, mantém uma média de idade alta. Em suas últimas escalações, a média de idade entre os 11 titulares sempre ficou entre 29 e 31 anos.
Para piorar, os novos jogadores, poucos deles protagonistas nos grandes centros da Europa (apenas um na lista desta Data Fifa joga nas cinco grandes ligas europeias), não são do mesmo nível anterior.
Enquanto isso, aos 34 anos, Eduardo Vargas, titular nas conquistas de 15 e 16, segue como uma das referências, assim como Alexis Sánchez, que só não foi chamado para os duelos contra Brasil e Colômbia por uma lesão na panturrilha.
Seleção chilena perde dois titulares e terá escalação inédita contra Seleção
Gareca até chegou a convocar os titulares Marcelino Núñez (meio-campista) e Gabriel Suazo (lateral-esquerdo), mas precisou cortá-los nesta semana por lesões musculares. Apenas o meia Ulises Ortegoza, do Talleres, foi chamado no lugar da dupla.
Ou seja, já em um momento ruim, o Chile enfrentará o Brasil sem dois titulares, além de Sánchez, que não entra em campo desde a Copa América.
A convocação chilena mostrou novas tentativas de renovação com a ausência do goleiro Arias, de 37 anos, mesmo que em outros setores, como a defesa, esse rejuvenescimento seja difícil.
Segundo a imprensa chilena, o técnico argentino treinou nos últimos dias o jogo com a posse de bola e, principalmente, a intensidade nas partidas para recuperar a bola muito rápido e atacar com precisão. Com isso, buscar diminuir a clara diferença técnica entre La Roja e a seleção brasileira.
Para conseguir travar o forte jogo pelos lados do Brasil, Gareca apostará em uma escalação inédita, colocando dois jovens nas laterais (Morales e Hormazábal) e mais dois pontas (Osorio e Dávila).
Importante citar a ausência de Pulgar, do Flamengo, entre os titulares, com o treinador preferindo escalar Loyola e Echeverría para aumentar a intensidade e a capacidade de recuperação de bola.
Além de Vargas, o zagueiro Benjamín Kuscevic, do Fortaleza, é outro representante do Campeonato Brasileiro, mas ficará no banco de reservas.
Escalação provável do Chile contra o Brasil: Cortés; Morales, Zaldivia, Maripán e Hormazábal; Loyola e Echeverría; Osorio, Dávila e Valdés; Vargas.
Fonte: La Tercera, jornal chileno
A convocação do Chile para o jogo contra o Brasil
- Goleiros: Bryan Cortés (Colo-Colo), Lawrence Vigouroux (Swansea City), Vicente Reyes (Cambridge United);
- Defensores: Guillermo Maripán (Monaco), Paulo Díaz (River Plate), Benjamín Kuscevic (Fortaleza), Matías Zaldivia (Universidad de Chile), Fabián Hormazábal (Universidad de Chile), Felipe Loyola (Independiente), Thomas Galdames (Krylia Sovetov), Marcelo Morales (Universidad de Chile);
- Meio-campistas: Rodrigo Echeverría (Huracán), Erick Pulgar (Flamengo), Williams Alarcón (Huracán), Luciano Cabral (León), Esteban Pavez (Colo-Colo), Diego Valdés (América), Carlos Palacios (Colo-Colo), Ulises Ortegoza (Talleres);
- Atacantes: Darío Osorio (Midtjylland), Víctor Dávila (América), Eduardo Vargas (Atlético-MG), Maximiliano Guerrero (Universidad de Chile), Gonzalo Tapia (Universidad Católica), Lucas Cepeda (Colo-Colo).
