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Como Modric foi de ‘pior contratação’ a lenda do Real Madrid

Luka Modric anunciou nesta quinta-feira (22) que deixa o Real Madrid após a disputa do Mundial de Clubes, que vai de junho a julho de 2025. O meia croata de 39 anos tem 28 títulos conquistados ao longo de 13 temporadas no Santiago Bernabéu e se despede com status de lenda do time. No entanto, essa classificação parecia muito difícil de alcançar em 2012.

Modric se transferiu ao Real em agosto de 2012, depois de quatro anos no futebol inglês com o Tottenham. O começo na Espanha não foi fácil, e ele chegou a ser votado como a pior contratação de LaLiga na temporada, em enquete do jornal “Marca”.

De ‘pior contratação’ a ‘melhor jogador’: A virada de Modric no Real Madrid

O time à época era comandado por José Mourinho e tinha Xabi Alonso, Sami Khedira e Mesut Ozil entre as opções para o meio-campo. Quando a votação fora divulgada, em dezembro daquele ano, o croata registrava um gol em 19 jogos.

Ele comentou sobre a pressão de vestir a camisa Merengue em entrevista ao “Sportske.net”.

É o Real Madrid, eu sei da enorme pressão da mídia sobre as transferências. Não estou procurando desculpas, não sou assim, mas é muito exigente a adaptação a um clube como o Real Madrid. Tive atuações sólidas, falhei em algumas, mas, no geral, provei que posso oferecer algo.

A campanha de 2013/14 teve Carlo Ancelotti como treinador. O atleta conseguiu ter mais regularidade entre os titulares e elevar a minutagem no time de 3.287 para 4.062. Além da qualidade na distribuição, se mostrou importante nas recuperações de bola, com 96 só na primeira parte do ciclo.

Assim começou a virada de chave nos Los Blancos.

A verdade é que, com sua dedicação, tenacidade e esforço em cada jogo, Luka Modric conquistou todo o Real Madrid. Companheiros de equipe, torcedores e diretoria estabeleceram o croata como um dos melhores jogadores até agora nesta temporada –, informou a “Eurosport” em artigo na ocasião.

Modric no Real Madrid na Champions League 2013/14 (Foto: Imago)

As expectativas por participações ainda maiores na edição seguinte foram atrapalhadas por lesões na coxa e no joelho que o deixaram fora de boa parte da temporada. Ainda assim, Modric já havia se consolidado no elenco madridista.

Conforme os meses passavam, a importância dele para a equipe só aumentava, muito em função da inteligência tática, habilidade e capacidade de organizar o meio-campo. Esses fatores, somados à experiência, o credenciaram a assumir a braçadeira de capitão do time.

O croata antes tido como atleta dispensável foi eleito o melhor jogador do mundo em 2018, mesmo ano que se sagrou vencedor do prêmio Bola de Ouro. Ele acumula 43 gols e 95 assistências em 590 jogos com a camisa do Real Madrid, e tem na coleção quatro títulos de LaLiga, seis da Champions League, seis do Mundial de Clubes, cinco da Supercopa da Uefa, dois da Copa do Rei e cinco da Supercopa da Espanha.

A despedida de Modric junto à torcida no Bernabéu será no próximo sábado (24), às 11h15 (de Brasília), no confronto contra a Real Sociedad pelo Campeonato Espanhol.

Chegou o momento que nunca quis que chegasse. Mas assim é o futebol e, na vida, tudo tem começo e fim. (…) Jogar no Real Madrid mudou minha vida como jogador e como pessoa. Tenho orgulho de ter feito parte de uma das épocas mais vitoriosas do melhor clube da história –, escreveu Modric.



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