Como pai de goleiro fez ex-Grêmio defender cavadinha de Alan Patrick em pênalti

Francisco Rayr Miller Moreira de Freitas. Alan Patrick certamente demorará um tempo para esquecer esse nome. Afinal, o goleiro do Maracanã conseguiu duas vezes o que nenhum arqueiro havia conseguido na atual temporada: defender um pênalti do craque colorado.
Como se não bastasse a cobrança defendida no Beira-Rio, Rayr parou Alan Patrick mais uma vez na noite desta quinta-feira (22). Em entrevista concedida na beira do campo, depois do primeiro tempo, o camisa 23 revelou que seu pai previu todo lance do pênalti. Seu Isaildo não só adivinhou que o filho faria a defesa, bem como citou a cavadinha de Alan Patrick.
— Por incrível que pareça, o meu pai me falou que ia ter um pênalti hoje, o Alan Patrick ia dar a cavadinha e eu ia defender o pênalti. Então, cara, agradecer a Deus e agradecer ao meu pai. Eu não consigo acreditar ainda. Pai, te amo.
Quem é Rayr
Natural de Ibicuitinga, no interior cearense, Rayr precisou superar muitos desafios até conquistar seu espaço no futebol. Um dos períodos mais duros de sua trajetória foi em 2013, quando perdeu a mãe enquanto ainda atuava nas divisões de base do Grêmio.
Apesar do curto período no Tricolor Gaúcho, entre 2012 e 2013, o goleiro reconhece o papel fundamental que o clube exerceu em sua formação profissional.
— Foi uma passagem rápida pelo Grêmio (2012 e 2013), mas onde pude aprender muita coisa. Eu vinha do interior do Ceará, de Ibicuitinga, e era tudo muito novo estar vivendo aquela realidade. Eu via jogadores que nunca imaginava, como Dida e Zé Roberto. Foi uma experiência muito proveitosa na minha vida. Mas, neste período, perdi a minha mãe, no começo de 2013. Eu tive que voltar de férias, foi uma situação complicada, mas superei com ajuda dos companheiros, da psicóloga do Grêmio — disse ao “ge”.
Depois de sua experiência no Grêmio, Rayr deu os primeiros passos como profissional no São José, também de Porto Alegre, clube em que atuou por quase quatro anos. Suas habilidades na defesa de pênaltis começaram a ser lapidadas ainda no futebol amador de Ibicuitinga, inspirado por seu maior ídolo, o ídolo do São Paulo e atual técnico do Bahia, Rogério Ceni.