Coube a Yuri Alberto fazer o arroz com feijão que Dorival não consegue no Corinthians

Quando a bola chega, Yuri Alberto marca. É simples assim, “pa, pim, pum”. O centroavante do Corinthians coloca em prática o manual da posição e representa o número nove que leva no verso da camisa.
Já havia sido assim no clássico contra o Santos, no último domingo (18). Foi novamente nesta quarta-feira (21), garantindo a classificação corintiana às oitavas de final da Copa do Brasil.
Yuri Alberto tem feito o arroz com feijão que Dorival Júnior ainda não conseguiu em sete partidas dirigindo o Timão.
Novamente, o técnico fez escolhas questionáveis, que por pouco não comprometeram a suficiente vitória mínima na Neo Química Arena.
E dessa vez, as decisões do treinador foram além da parte tática.
Dorival Júnior escalou atletas fora das posições que mais rendem de forma não só inexplicável como controversa.
Com o treinador, Maycon definitivamente se transformou em primeiro volante. E isso ficou claro nesta noite, pois isso se manteve mesmo com Raniele em campo.
Em compensação, o camisa 14, que sempre foi um atleta de destruição, foi um dos meias corintianos que mais infiltrou e pisou na área – literalmente desde o primeiro minuto.
E ficou nítida a falta de cacoete nas vezes em que as jogadas ofensivas do Corinthians passavam pelo pé do jogador.
Igor Coronado, que por vezes deixou nítido que rendeu a armação, foi escalado para atuar no lado esquerdo.
E se na entrevista coletiva após o clássico contra o Santos, Dorival afirmou que Ángel Romero é cada vez mais um segundo atacante, não faz sentido a escolha novamente pelo jogador aberto pelo lado direito.
E sem passar batida a utilização de Félix Torres como lateral-direito pelo segundo jogo consecutivo, mesmo com Léo Maná entre os reservas.
Ainda que o equatoriano não tenha comprometido e até ido bem nos enfrentamentos no mano a mano com os adversários, coloca em xeque a justificativa dada por Dorival Júnior no último jogo que a ausência de Maná pelos titulares era pela sequência de jogos e o desgaste que seria enfrentar um atleta como Soteldo, que é referência no um contra um.
Corinthians indicou pressão, não cumpriu e ainda teve dificuldades para criar e definir
Quando a bola rolou na Neo Química Arena, parecia que o Corinthians faria jus ao fator casa e encurralaria o Novorizontino.
No primeiro minuto, Igor Coronado encontrou bem Raniele, na primeira mostra do jogador que ajudaria na parte ofensiva do Timão. O volante, porém, escorregou e o chute saiu fraco.
Porém, uma nova oportunidade de perigo do Timão só foi acontecer nos acréscimos do primeiro tempo. E em um lance de bola parada. Igor Coronado cobrou escanteio, Romero subiu e o goleiro adversário foi buscar no canto esquerdo.
Em muitos momentos, o Corinthians teve até mais amplitude, mas pouca capacidade de criação e definição de jogadas.