Zé Carlos, ex-lateral-direito do São Paulo, faleceu na manhã desta sexta-feira (25) em Osasco. O ex-jogador estava na casa de uma sobrinha e morreu enquanto dormia, vítima de uma parada cardiorrespiratória.
Familiares acharam estranho o fato de Zé Carlos ter demorado para acordar e acionaram o Corpo de Bombeiros. O ex-jogador foi encaminhado ao Pronto Socorro do bairro Santo Antônio, onde teve sua morte constatada momentos depois.
Natural de Presidente Bernardes, cidade localizada a 600 quilômetros de São Paulo, Zé Carlos completaria 56 anos no próximo dia 14 de novembro.
O ex-atleta do São Paulo e da Seleção brasileira estava noivo e deixa dois filhos: Izabely de oito anos, Lucas de 16.
Ascensão rápida na carreira após acesso com a Matonense
Revelado no São José em 1990, Zé Carlos rodou por alguns clubes paulistas como o São Caetano, Portuguesa, União São João e Marília.
Em 1996, passou três meses no Juventude de Caxias do Sul, e em seguida veio para a Matonense, clube tradicional do interior de São Paulo.
Foi jogando pela SEMA que o ex-lateral-direito ganhou notoriedade. Em 1997, Zé Carlos conquistou o título da Série A2 do Campeonato Paulista.
Um dos destaques daquele time era Dorival Júnior, antigamente chamado apenas de Júnior — atual treinador da seleção brasileira.
Após a conquista da divisão de acesso, Zé Carlos chamou a atenção do São Paulo, que o contratou em agosto de 1997.
No ano seguinte, o ex-jogador foi importante na conquista do Campeonato Paulista, em final histórica diante do Corinthians. Um mês depois, foi convocado para a Copa do Mundo da França, fato que causou a surpresa de boa parte da mídia esportiva da época.
Em 1998, Zé Carlos teve a missão de parar o poderoso ataque da Holanda
Cafu recebeu um cartão amarelo diante da Dinamarca, pelas quartas de final do Mundial de 98 e acabou suspenso da semifinal. Coube a Zé Carlos a missão de honrar o manto verde e amarelo diante da fortíssima seleção da Holanda.
Kluivert, Bergkamp, Cocu, Zenden, Davids, entre outras estrelas, formavam uma das mais temidas equipes daquela Copa.
Contudo, Zé Carlos fez uma atuação muito decente, marcando firme e errando pouco. No tempo normal, Brasil e Holanda empataram por 1 a 1, placar que se manteve inalterado durante a prorrogação.
Nos pênaltis, brilhou a estrela de Taffarel, que pegou as cobranças de Cocu e Ronald de Boer, e classificou a Canarinho para mais uma final de Copa do Mundo.
Zé Carlos nunca mais retornou à Seleção após aquele Mundial. Ele saiu do São Paulo em 1999 e em seguida defendeu Grêmio, Ponte Preta, Joinville e Noroeste.
A equipe de Bauru foi a última da carreira de Zé Carlos, que encerrou sua histórica e curiosa trajetória profissional em 2005.