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Estratégias opostas de mercado conduzem PSG e Inter de Milão à final da Champions League

Estratégias opostas de mercado conduzem PSG e Inter de Milão à final da Champions League

A taça da Champions League atraiu duas forças opostas para a Allianz Arena, em Munique, na Alemanha. O confronto entre PSG e Internazionale que define o campeão europeu de 2024/25 acontece neste sábado (31), às 16h (de Brasília), e é o encontro de estratégias distintas.

PSG e Inter de Milão pegam caminhos diferentes até a final da Champions

As divergências começam no extracampo, com a atuação de ambos os times no mercado de transferências. A Inter de Milão passou por pressão financeira pós-pandemia, segundo apontou o grupo Football Benchmark em relatório, e adotou cautela nas movimentações.

O clube vendeu estrelas de alto custo como o atacante Romelu Lukaku e o goleiro André Onana e focou em reorganizar as contas. Os dirigentes também investiram de forma “mais modesta”, mas igualmente certeira. Contrataram, por exemplo, o goleiro Yann Sommer por quase 7 milhões de euros (R$ 45 milhões) em 2023.

O Paris Saint-Germain tem institucionalmente um modelo mais direcionado ao comercial, de modo a aplicar recursos na montagem de elenco para formar time competitivo e de apelo no âmbito de negócios, que potencializa patrocínios e atrai receita. O clube francês fez bom proveito das transferências de Neymar e Messi neste contexto.

A nuvem com mudanças na abordagem parou sobre o Parc des Princes quando Luis Enrique chegou. Com apoio do diretor Luís Campos, o técnico reformulou o grupo sem uma grande estrela para assumir o protagonismo e fortaleceu jogadores que, até então, estavam em baixa na Europa, como Ousmane Dembélé.

O elenco todo do clube é avaliado em 1,03 bilhão de euros (R$ 6,6 bilhões), enquanto o da equipe italiana tem preço estimado em cerca de 691 milhões de euros (R$ 4,4 bilhões), de acordo com a “Football Benchmark Player Valuation”.

Dembélé comemora gol do PSG (Foto: Icon Sport)

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O duelo dos finalistas em campo

As diferenças não param por aí. Ao recapitular as performances dos finalistas na Champions, é possível destacar mais contraposições. Uma delas é a rota usada para carimbar o passaporte na Alemanha.

A Internazionale foi a quarta melhor campanha geral na fase de liga com 19 pontos em oito jogos e avançou direto às oitavas de final. Simone Inzaghi comandou o time à vitória por 4 a 1 no agregado sobre o Feyenoord e, na rodada seguinte, despachou o Bayern de Munique por 4 a 3 ao término dos 180 minutos. Na semifinal, o emblemático embate contra o Barcelona ficou em 7 a 6 na soma dos placares.

Ao longo da temporada ficou evidente o quanto a Inter sabe aproveitar bem as oportunidades de bola parada. Dos 26 gols no torneio, 11 foram ocasionados de cobranças de falta, escanteio ou pênalti. A equipe também se mostra forte na marcação da saída adversária, e balançou as redes três vezes assim.

Simone Inzaghi, técnico da Inter de Milão (Foto: Imago)

O PSG não conseguiu nenhum atalho ao ficar em 15º na tabela com 13 pontos e precisou encarar os playoffs. Fez 10 a 0 no agregado em cima do Brest e, a partir das oitavas, se mostrou um pesadelo aos ingleses. Superou o Liverpool nos pênaltis ao empatar em 1 a 1 nas etapas regulamentares e na prorrogação e venceu o Aston Villa nas quartas por 5 a 4 no total. A semifinal diante do Arsenal terminou em 3 a 1 na soma dos placares.

Ao contrário dos italianos, o Paris de Luis Enrique não ostenta tantos gols oriundos de bola parada, e boa parte dos tentos ocorreram a partir de jogadas nas pontas. Das 33 bolas na rede, 12 passaram pela ala esquerda e oito pela direita. Faltas, pênaltis e escanteios geraram juntos quatro gols ao time francês.

O caso de PSG e Inter de Milão evidencia que não existe apenas uma fórmula para o sucesso e que estratégias diferentes podem culminar no mesmo lugar. As particularidades de cada clube inclusive elevam as expectativas em relação ao duelo da final da Champions, da qual apenas um desses sistemas sai vencedor.

Luis Enrique, técnico do PSG (Foto: Imago)



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