Responsável por blindar o elenco profissional do Corinthians mesmo em meio à indefinição sobre a continuidade do presidente Augusto Melo, Fabinho Solado não pretende deixar o clube em caso de afastamento do mandatário corintiano.
Conforme apurado pela Trivela, o executivo de futebol entende que o clube está acima do caos político e que ele tem como missão manter a palavra dada aos jogadores e comissão técnica sobre o projeto traçado pelo Timão na temporada.
No dia 26 de maio, o Conselho Deliberativo do Corinthians votará um dos quatro pedidos de impeachment contra Augusto Melo. Caso a maioria mínima dos votos válidos seja favorável à continuidade do processo, o dirigente será afastado até a eleição em última instância, através de assembleia de sócios.
Havendo o afastamento, a presidência corintiana será ocupada interinamente pelo vice Osmar Stábile, rompido com Augusto Melo desde o início da gestão.
Já em um cenário onde os associados optem pela destituição do presidente, uma nova eleição é convocada, mas de forma indireta, somente no Conselho Deliberativo.
Assim, a única possibilidade de Fabinho deixar o clube em meio ao cenário de instabilidade política é sendo demitido por uma possível nova diretoria corintiana.
No entanto, a reportagem soube que o trabalho de Fabinho Soldado é respeitado entre os opositores de Augusto Melo, ainda que não seja unanimidade. A tendência é que, havendo a mudança da diretoria, a decisão seja pela permanência do profissional.
Blindagem feita por Fabinho ao elenco profissional é bem vista nos bastidores
Diferentemente de outros departamentos, como as categorias de base, o caos político do Corinthians não tem afetado o dia a dia do elenco profissional.
E isso tem muito a ver com o trabalho de blindagem feito por Fabinho Soldado.
A Trivela apurou que o dirigente conversa constantemente com os jogadores e comissão técnica para passar confiança de que o projeto do futebol não será impactado pelas questões administrativas.
A reportagem também soube que Fabinho é questionado com certa constância, até mesmo por jogadores, sobre a instabilidade política do clube.
Outra questão que ajuda o dirigente a passar um cenário de confiança ao elenco e à comissão técnica é o tempo de trabalho.
Contratado em janeiro de 2024, o profissional foi o responsável pela montagem do elenco corintiano na janela de transferências do segundo semestre do ano passado.
E a manutenção da base para a temporada atual foi fundamental para o fortalecimento do vínculo entre o executivo e os atletas.
Inclusive, o papel de Fabinho Soldado foi crucial na negociação com o técnico Dorival Júnior.
Demitido da seleção brasileira no fim de março, o treinador estava decidido a tirar alguns meses sabáticos, tendo recusado até mesmo abrir conversas com outros clubes brasileiros, como Grêmio e Santos.
A atuação de Fabinho na negociação, apresentando o projeto esportivo corintiano e o planejamento do departamento de futebol, mesmo em meio à instabilidade política, foi crucial para o interesse do técnico em dirigir o Corinthians.