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Por que Milito não se surpreendeu com alto nível de reservas do Atlético-MG em Fortaleza?

O Atlético-MG foi até Fortaleza com um time completamente desfigurado. Em campo, só reservas, alguns até reservas dos reservas. A expectativa do torcedor era baixa, mas a de Gabriel Milito não. E ele viu o Galo conseguir um empate, até então, improvável, com uma boa atuação.

Encarando um Fortaleza que vinha de 12 vitórias seguidas como mandante, os reservas do Atlético não passavam muita expectativa para quem via de fora. O esperado era uma derrota, resultado que seria considerado natural.

O Atlético jogou com: Everson; Saravia, Fuchs, Rabello e Mariano; Fausto Vera, Paulo Vitor (Otávio) e Igor Gomes (Robert); Palacios (Caio Maia), Alisson (Scarpa) e Alan Kardec

Mas quem entrou em campo fez boa parte e o Atlético conseguiu um empate, que só não virou uma vitória por detalhes. O resultado surpreendeu a torcida positivamente, mas não o técnico Gabriel Milito.

A mim, verdadeiramente, não me surpreendeu o nível do time. Foi um jogo com jogadores que normalmente não iniciam e não jogam tantos minutos, mas eu tinha certeza de que estavam preparados para jogar como jogaram — disse o treinador.

Para o treinador, inclusive, o empate foi um resultado injusto, pois o Galo merecia a vitória. O Atlético já era melhor no segundo tempo quando viu o Fortaleza ter dois expulsos, mas não conseguiu transformar isso na virada.

— Queríamos ganhar. Fomos ao intervalo perdendo, injustamente, por 1 a 0. No segundo tempo, empatamos rapidamente e alinhamos o jogo. Depois, logicamente, o jogo mudou com as expulsões. Tivemos situações claras para ganhar, mas a atuação do time foi, individual e coletivamente, muito boa. Eu sabia que podíamos fazer um jogo desse — destacou Milito

Atuações de destaque positivas e negativas

Com tantos jogadores que recebem poucos minutos normalmente, esse jogo contra o Fortaleza foi uma chance de ouro para muitos.

O jovem Alisson, que voltou de lesão, foi titular e se saiu bem, por exemplo. Já o também cria do Galo, Paulo Vitor, não aproveitou a chance, inclusive falhou no gol do Fortaleza. Do banco, o incógnita Robert saiu para jogar 20 minutos e foi muito bem, criando chances (como a que gerou expulsão).

Já outros, que comumente recebem oportunidades, variaram. Palacios foi muito bem e atuando pela esquerda, lado que não é o seu preferido. Deu assistência e gerou a expulsão de Marinho. Já Igor Gomes, mais uma vez, não conseguiu contribuir com o que se espera de um meia.

Milito elogia estreante Caio Maia

Para um jogador, essa partida foi ainda mais especial. O jovem Caio Maia, de 19 anos, fez sua estreia profissional no Castelão. Artilheiro do Sub-20, ele foi relacionado diante dos vários desfalques ofensivos que Milito teve, e se saiu bem.

Com mais de 30 minutos em campo, ele foi o jogador que gerou a expulsão de Tinga, a segunda do Fortaleza, quando estava infiltrando para entrar cara a cara com João Ricardo. Além disso, criou outras duas chances, uma parando no goleiro e outra que Scarpa só não marcou o da virada, pois tiraram a bola dele na pequena área.

— Caio é jovem e treina conosco. Víamos que era necessário contar com ele hoje. É veloz, que vai bem no espaço. Nosso plano de jogo era esse, correr no espaço. Foi seu primeiro jogo e foi muito bem, teve situações, provocou expulsão. Ele tem que estar muito contente pela estreia e a atuação, mas não deve se contentar com isso. É só o começo. Tem que trabalhar muito para tentar ficar conosco e ter minutos mesmo com todos disponíveis — elogiou o técnico Gabriel Milito.

Caio Maia em sua estreia como profissional (Pedro Souza/Atlético)

O Atlético agora se prepara para a maratona de decisões. No sábado (19), faz o segundo jogo da semifinal da Copa do Brasil, contra o Vasco, tendo a vantagem de 2 a 1. Já na terça (22), faz o primeiro das semis da Libertadores contra o River Plate.



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