Palmeiras pode mudar perfil de contratações? O que sabemos sobre o time de 2025
Desde 2020, com a chegada do diretor Anderson Barros e, posteriormente, de Abel Ferreira, o Palmeiras virou a chave quanto ao seu perfil de contratações.
Primeiro, ainda com Vanderlei Luxemburgo, a ideia era apostar nos jovens das vencedoras categorias de base do clube. Posteriormente, já com o português no comando, estabeleceu-se a seguinte equação:
Elenco mais barato que o do maior rival + melhor comissão técnica do Brasil + melhor estrutura do País = superioridade
Nessa conta, estavam duas variáveis ocultas: a arrecadação do Palmeiras, inferior à do Flamengo, maior rival até 2022, era o que forçava o Palmeiras a ter um orçamento menor. Mas também sempre pesou muito a preferência de Abel, afeito a trabalhar com jogadores mais jovens.
Botafogo pegou o lugar do Flamengo
A partir do ano passado, quando o Botafogo passou a ocupar o espaço de principal rival esportivo do Verdão, a validade da equação se manteve. Os dólares da SAF comprada por John Textor também deixaram o Palmeiras em pé de inferioridade para contratar. Mas em pé de equilíbrio, por conta do trabalho da comissão.
A temporada 2024 ainda não se encerrou. Mas desde a adoção da equação descrita acima, nunca sua validade esteve tão em xeque. Mesmo que o Palmeiras saia campeão brasileiro.
A fala de Abel Ferreira, na entrevista coletiva após a derrota para o Botafogo, foi sintomática. Embora tenha defendido que seu time segue batendo de frente com os principais rivais, o técnico foi bem explícito:
— Quanto a 2025, não se preocupem, já está tudo planejado — disse o técnico, ao ser indagado sobre contratações
O sarrafo vai subir
A Trivela apurou que parte desse plano é subir um pouco o sarrafo das contratações. Inicialmente, o clube tem em mente gastar R$ 200 milhões para reforçar a equipe. Em 2024, o investimento foi de R$ 192 milhões.
O clube não vai abandonar a ideia de apostar em jovens com potencial esportivo e de revenda. Mas vai mesclar tal perfil com alguns alvos, digamos, mais parrudos do ponto de vista de rodagem e perspectiva de impacto.
A chegada de Felipe Ânderson, por exemplo, já foi uma tentativa nessa direção. Assim como a aproximação a Gabigol e a sondagem a Gabriel Jesus.
Quanto a Felipe, especificamente, o clube ainda não jogou a toalha quanto a acreditar que o jogador pode vingar.
Por outro lado, há uma certa decepção com a constatação da dificuldade do ex-jogador da Lazio para se readequar ao futebol brasileiro.
O próximo ano não verá uma volta ao período de Alexandre Mattos. Mas o clube tampouco seguirá integralmente o modus operandi consagrado pela gestão de Anderson Barros.
Jogadores acreditam? Houve tristeza? Como estava o vestiário do Palmeiras pós-derrota https://t.co/kTP0sxxZcQ via @trivela
— Diego Iwata Lima (@DiegoMarada) November 27, 2024
O que o Palmeiras precisa para ser campeão?
Com dois jogos pela frente (Cruzeiro, fora, e Fluminense, em casa), o Palmeiras está três pontos atrás do Botafogo — 73 a 70.
O Alviverde ainda pode ser campeão em mais de um cenário. Nos quais pode até perder um dos seus jogos, se o Botafogo não ganhar mais nenhum, para ficar com a taça.
Como tem o mesmo número de vitórias do clube carioca (21), fica com o título se igualar a pontuação, pois terá conquistado um triunfo a mais.
O Alvinegro, que já embarcou para a Argentina, onde pega o Atlético-MG, na final da Copa Libertadores, no sábado (30), tem o Internacional, em Porto Alegre, no dia 4, e o São Paulo, no Engenhão, no dia 8.
O Botafogo levanta o Brasileirão pela primeira vez depois de 19 anos com um empate e uma vitória, para não ter de se preocupar com os resultados do Palmeiras.
