Luis Enrique está a um jogo de escrever um novo capítulo na história do Paris Saint-Germain. Prestes a comandar sua segunda final da Champions League, agora diante da Inter de Milão, o técnico espanhol não escondeu o orgulho do caminho trilhado até o momento.
Aproveitando a véspera do duelo em Munique, fez questão de ressaltar seu sucesso na capital francesa e ainda lembrou: seu trabalho no Barcelona também foi mais do que apenas surfar em um elenco estrelado.
O sucesso de Luis Enrique em PSG e Barcelona
“O que fizemos em Barcelona foi excepcional”, disse Enrique em entrevista coletiva. Apesar de soar como um discursou de pouca humildade, o espanhol não tem medo de ser contundente:
“É estranho que eu diga isso, mas precisa ser dito. Parecia que era fácil ganhar com aquele time (a Champions League em 2015), mas ficou claro que não era.”
Há dez anos, o comandante conquistou a Champions com o trio Messi, Suárez e Neymar no seu auge. Mas à sombra dos jogadores, o reconhecimento ao treinador sempre pareceu incompleto.
Desta vez, o cenário é diferente. No PSG, não herdou um time pronto e teve que moldá-lo. Ainda viu o elenco se desfazer dos principais nomes dos anos anteriores, como Messi, Neymar, Di María e Mbappé.
— Aqui tivemos que construir mais, estruturar mais. Mas a qualidade e a generosidade dos jogadores facilitaram muito esse processo — explicou.
A missão de vencer a Champions tem sido uma obsessão em Paris desde a chegada dos donos cataris em 2012. Agora, Luis Enrique está mais próximo do que nunca de cumprir essa promessa.
“Poucos têm a chance de disputar uma final assim. Queremos fazer história. Ser os primeiros a conquistar esse título pelo PSG.”
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Os resquícios da final de 2015
Apesar do discurso motivacional, o técnico mostrou também uma faceta mais serena — reflexo, talvez, da experiência acumulada desde 2015. Ele admitiu que, em sua primeira final, não estava calmo desta forma.
— Naquela final, estava muito nervoso. Agora quero transmitir calma. Todos os erros que cometi como jogador e como treinador me trouxeram até aqui. Posso errar de novo, mas será sempre com convicção — lembrou.
A campanha atual na Champions quase foi interrompida ainda na fase de grupos, mas Luis Enrique lembra que o ponto de virada veio com a mudança na mentalidade ofensiva do time.
Coach, passez une bonne journée, 55 ans aujourd’hui 🎂🥳 pic.twitter.com/za9mSPCih9
— Paris Saint-Germain (@PSG_inside) May 8, 2025
Sem depender de um único craque, o treinador se orgulha da diversidade ofensiva da equipe: 18 jogadores marcaram gols na temporada. “Isso é time. Isso é gestão. Não se ganha um torneio como esse com um só nome.”
Perguntado sobre a saída de Mbappé, Enrique evitou ligar a evolução do PSG à ausência do astro: “Mesmo com ele, já éramos um time”, afirmou. Para o espanhol, a diferença se dá na maturidade da equipe.