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Nem astro do Manchester City sabe como lidará com Super Mundial de 2025

Rúben Dias, zagueiro do Manchester City, marcou presença no Web Summit em Lisboa, e aproveitou a oportunidade para fazer críticas ao novo Mundial de Clubes. 

Na visão do jogador, o interesse dos responsáveis pela organização do futebol do torneio é estritamente comercial, sem se preocupar com a condição física dos atletas. 

O português também afirmou que a temporada 2024/2025 será uma das mais complicadas de todas, em decorrência do aumento na quantidade de jogos.

— Deve haver limite, não se preocupam com os jogadores, mas com os lucros, é o mundo em que vivemos, mas são os jogadores que todos querem ver. Esta época, em particular, será uma loucura, não sabemos o que esperar com uma competição extra no final da época, o mundial de clubes — criticou Rúben Dias.

Novo Mundial de Clubes e formato da Champions podem prejudicar saúde dos atletas

Rúben Dias destacou que a média de partidas aumentará substancialmente por conta do novo formato da Champions League e do novo torneio de clubes da Fifa.

O City pode chegar a quase 70 jogos, ou mais, caso avance nas competições internacionais. Número superior aos 59 jogos disputados pelos Citizens na última temporada.

Rúben Dias critica novo formato do Mundial de Clubes, e pede apoio em novo calendário. Foto: Imago

O zagueiro chama a atenção para a saúde dos atletas, que, mais desgastados por conta do aumento de carga, não terão condições de jogar em alto nível.

— No passado havia uma média de jogos por época e agora estamos muito acima dessa média, temos de pensar mais nos jogadores, são os nossos corpos, as pessoas precisam de perceber que precisamos de descansar — disse o jogador.

Zagueiro faz apelo por um calendário menos exaustivo

Rúben Dias complementou sua fala pedindo que as federações e demais órgãos que cuidam do futebol pensem mais nos atletas e na qualidade do espetáculo.

Mais jogos representam maior desgaste. Em um esporte cada vez mais físico e intenso, é quase impossível manter o ritmo exigido sem machucar algum músculo.

— Como em tudo, avançamos dia a dia, a ver como corre, mas é algo em que precisamos realmente de pensar, temos de preocupar-nos com os jogadores. Precisamos de descansar para dar o melhor espetáculo, mas precisamos que nos deem tempo — complementou Rúben Dias.

Nunca na história do futebol houve tantos jogadores com lesões de ligamento no joelho, as temidas LCAs, e o aumento na quantidade de partidas tende a piorar o cenário.

A saída talvez seja considerar o uso das categorias de base em jogos menos importantes, dar maior rodagem aos elencos, mas correndo o risco de ver os resultados decaírem.

De modo geral, o futebol precisa ser repensado, para que jogadores consigam desempenhar melhor sua função e o público se sinta cada vez mais atraído pelo jogo.

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