O alarme de emergência ecoa em alto e bom som na Vila Belmiro. A eliminação do Santos, nos pênaltis, para o CRB, na terceira fase da Copa do Brasil, nesta quinta-feira (22), evidencia que o Peixe está nadando em direção ao fundo do poço.
Se não houver um senso de urgência dentro do clube — da direção aos jogadores — imediatamente, esse fundo do poço pode representar um efeito ioiô com retorno à deprimente Série B do Campeonato Brasileiro ao final da atual temporada.
O Santos não tem mais margem para qualquer novo erro em 2025.
A equipe é a penúltima colocada do Brasileirão, com cinco pontos conquistados em 27 disputados — aproveitamento de apenas 18,5% — e foi incapaz de passar pelo primeiro desafio da competição mais rentável do futebol brasileiro (por ter conquistado a Série B de 2024, o Alvinegro entrou na terceira fase da Copa do Brasil).
Esse dano financeiro também é um imenso problema. Afinal, não é novidade para ninguém que os cofres alvinegros imploram por socorro depois de alguns (ou tantos) investimentos questionáveis neste ano.
O Santos não pode esperar a parada para o Mundial
O Santos tornou a sua situação tão delicada em 2025 que não pode se dar ao luxo de pensar em esperar a parada para o Mundial de Clubes da Fifa, entre junho e julho, para se reorganizar.
Até lá, o Peixe terá três compromissos pela frente: Vitória, fora, Botafogo, em casa, e Fortaleza, fora.
Ainda que o elenco seja psicologicamente fraco e claramente dependente de Neymar, pontos nesses confrontos terão que ser somados. Chegou (ou já passou) a hora de Cléber Xavier justificar que o Santos acertou ao lhe dar a sua primeira chance como treinador na carreira.
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Santos precisa vencer para convencer Neymar
Silenciar o alarme de emergência da Vila Belmiro antes da parada para o Mundial de Clubes agora também passa a ser prioridade para convencer Neymar a permanecer no clube.
A declaração do craque, após a eliminação na Copa do Brasil, de que não sabe se irá renovar o seu contrato, elevou a crise ao nível máximo e mais temido pelo presidente Marcelo Teixeira.
Uma hipotética saída de Neymar no final de junho, quando termina o seu vínculo atual, seria uma pancada na autoestima de torcedores e jogadores, que perderiam a sua referência.
Mas não só. A não prorrogação do acordo, com o time lutando somente contra o rebaixamento, tiraria ainda mais o rumo de uma diretoria vaidosa que tem integrantes mais preocupados com a própria imagem nas redes sociais do que com a situação do time, e que se mostra perdida desde o dia em que conquistou o acesso à Série A, ainda em novembro de 2024.
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Diferentemente do que prega Teixeira e seus assessores especiais (muitos sem qualquer capacidade ou conhecimento de futebol), o atual elenco é tecnicamente desequilibrado e, sem Neymar, seja por contrato ou novas lesões, irá sangrar para tentar evitar o segundo rebaixamento de sua rica e mundialmente conhecida história.