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os ambiciosos planos da Uefa para o futebol feminino

A Uefa apresentou sua nova estratégia para o futebol feminino, chamada Unstoppable, com o objetivo de consolidar o esporte como o mais praticado por mulheres em todos os países europeus em até seis anos.

A estratégia também visa aumentar o número de ligas profissionais no continente até 2030. Segundo o presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, a proposta é um marco para o futebol feminino no continente:

“‘Unstoppable’ é nosso plano para criar uma base sustentável e liberar o potencial completo do futebol feminino.”

Em nota à imprensa, Nadine Kessler, diretora de futebol feminino da Uefa, destacou o avanço do esporte na Europa e os objetivos da nova estratégia:

“O futebol feminino europeu nunca esteve em uma posição melhor. Equipes nacionais e clubes estão prosperando graças a grandes investimentos e milhares de oportunidades profissionais emergentes.”

Ao longo de seis anos, a Uefa também promete investir 1 bilhão de euros (R$ 6,1 bilhões) em competições internacionais e atividades que visam desenvolver o futebol feminino nos países do velho continente.

Atualmente, cerca de 20 países membros da Uefa possuem ligas femininas profissionais de futebol, incluindo Inglaterra, França, Alemanha, Espanha, e Itália.

Alguns desses campeonatos, como a FA Women’s Super League (Inglaterra), a Division 1 Féminine (França), e a Frauen-Bundesliga (Alemanha), estão entre os mais fortes e com grande visibilidade internacional.

Como está a situação do futebol feminino na América do Sul?

Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, durante a Copa América de 2024. Foto: Icon Sport

A Conmebol possui algumas iniciativas para o desenvolvimento do futebol feminino, mas ainda não apresentou um plano de longo prazo para a modalidade, como é o caso do Unstoppable da Uefa.

Atualmente, as ações da confederação estão concentradas no programa Conmebol Evolução, que apoia o crescimento do futebol feminino por meio de eventos educacionais e investimentos pontuais.

Entre eles, destacam-se recentemente o aumento das premiações na Libertadores Feminina e alguns seminários de desenvolvimento técnico e liderança, realizados em paralelo às competições da modalidade.

Durante a Libertadores Feminina de 2023, por exemplo, a Conmebol realizou o seminário “Futebol com F de Feminino”, destacando temas técnicos e de gestão para fortalecer a modalidade na América do Sul.

Segundo Alejandro Domínguez, presidente da confederação, o objetivo é criar um ambiente de valorização do futebol feminino, visando a longo prazo que as seleções sul-americanas se tornem competitivas a nível global.

No entanto, as críticas à Conmebol pela organização da própria Libertadores Feminina, já nesta temporada de 2024, que evidenciaram problemas ainda presentes na estrutura de apoio ao futebol feminino.

Após conquistar o título diante do Independiente Santa Fé, jogadoras do Corinthians voltaram a criticar as condições para a competição. Durante a comemoração, Gabi Zanotti chegou a receber um troféu quebrado:

Ao longo do torneio, atletas reclamaram da infraestrutura e logística oferecidas, como o estado precário dos transportes e dos campos de jogo, além da falta de divulgação, que contribuiu para uma baixa média de público.

Outras reclamações eram sobre o calendário sobrecarregado e com intervalos de três dias entre as partidas, e a limitação de apenas 20 atletas inscritas por equipe.



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