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A estratégia por trás do discurso de Abel no Palmeiras já está bem clara

As entrevistas coletivas de Abel Ferreira após os jogos do Palmeiras tem um claro e visível padrão. Se o time porventura perde ou empata jogando mal, ele normalmente chega para falar calmo, resignado e solícito para explicar os erros. Em algumas raras vezes, até endossa vaias e reclamações da torcida.

Mas, se o Palmeiras vence, o treinador chega armado e não demora para relembrar as críticas feitas a ele e ao seu time no começo da temporada. Críticas que eram justas, diga-se, ainda que o time estivesse se construindo.

— Parece que o Palmeiras faz é fácil, mas não esqueço das críticas que me fizeram, o que disseram depois do jogo contra o Corinthians (no Paulista). (…) Numa semana chamam de burro na outra, é o melhor. Chamam os jogadores de “bagre”, e depois pedem na seleção — disse, em clara crítica à imprensa.

Abel lê tudo, mas pede para não fazer

Em outras oportunidades, o técnico disse que recomenda aos jogadores que não leiam ou escutem nada que disserem sobre o time.

— Não somos nem tão bons quanto dizem agora, nem tão ruins quanto diziam antes — repete com frequência, enfatizando que ele próprio se abstém da leitura.

Mas dois pontos estão claros, diante do discurso do técnico. E foram checados pela Trivela com pessoas próximas a Abel.

1. Ele lê sim tudo que é dito sobre ele e o time
2. O discurso está sendo usado por ele para colocar os pés dos jogadores no chão

Na entrevista, o treinador citou, por exemplo, termos que só conhece quem frequenta redes sociais. Como “Pardal”, que é como seus detratores se referem a ele no X, por exemplo, em referência ao Professor Pardal. Assim como bagre

Também cita críticas feitas pela imprensa, como as que apontaram que seu ciclo estaria terminado no clube.

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Não deixar o Palmeiras se empolgar

Com os jogadores, a ideia de reiterar as críticas tem como objetivo impedir que eles se empolguem demais com o bom rendimento.

Segundo a Trivela ouviu de fontes do clube, existe o entendimento de que regular o termostato de euforia do grupo é necessário nesse momento.

Até faz sentido. E Abel não vai nunca deixar de fazer se o resultado for o time seguir equilibrado. Mesmo que a relação com a imprensa se deteriore. Ainda que as coletivas se tornam desinteressantes para quem apenas as assiste.



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