Fernando Diniz tem o pior desempenho entre os técnicos do Brasileirão

Anunciado há um mês no Cruzeiro, o treinador Fernando Diniz chegou ao clube celeste como uma contratação de peso para a reta final da temporada e para o ano de 2025.
Atual campeão da Copa Libertadores, o comandante assumiu a Raposa com a missão de alcançar ao G6 do Campeonato Brasileiro e buscar o título da Copa Sul-Americana.
Mas apesar das grandes expectativas criadas, Diniz ainda não conseguiu engrenar no time estrelado. Ainda que o futebol da equipe tenha apresentado alguma melhora desde a contratação do técnico, o torcedor cruzeirense ainda não viu uma vitória sequer sob o comando do novo treinador.
Até o momento, Fernando Diniz dirigiu o Cruzeiro em quatro partidas, uma pela Copa Sul-Americana e três pelo Brasileirão, empatando três delas e perdendo uma. Sendo:
Os números ruins do início de Diniz pelo Cruzeiro no campeonato nacional somados à péssima campanha feita pelo Fluminense sob seu comando na atual edição da competição fazem com que o treinador tenha o pior desempenho entre os técnicos que disputaram pelo menos dez jogos no Brasileirão.
Diniz deixou o Fluminense na lanterna do Campeonato Brasileiro
Fernando Diniz iniciou o Brasileirão 2024 com prestígio, após a conquista da Copa Libertadores 2023 e da Recopa 2024 com a camisa do Fluminense.
Mas, apesar das altas expectativas, o desempenho Tricolor foi abaixo da crítica e nas 11 rodadas em que comandou a equipe carioca, Diniz conquistou apenas seis pontos, o que deixou o Flu na lanterna da competição, correndo seríssimos riscos de rebaixamento.
A situação ficou insustentável e o treinador caiu, sendo substituído por Mano Menezes. Com o novo treinador, o Fluminense reagiu e hoje ocupa a 15ª posição, com 33 pontos em 29 jogos, uma partida a menos que parte dos seus adversários no campeonato.
Treinador lidera em vários quesitos negativos no Brasileirão 2024
Dentre os 22 treinadores que disputaram pelo menos dez jogos no Brasileirão 2024, Fernando Diniz tem o pior aproveitamento, o segundo pior saldo de gols, a maior média de gols sofridos e a segunda menor média de gols marcados.
Até aqui, o técnico conheceu o sabor da vitória em apenas um dos 14 jogos disputados no campeonato, quando ainda comandava o Fluminense. O triunfo ocorreu na terceira rodada da competição, quando o Tricolor bateu o rival Vasco da Gama por 2 a 1, no Maracanã. Isso faz com que seu aproveitamento seja de apenas 19%.
1 | Artur Jorge | 67,8% | 18 | 7 | 5 | 61 |
2 | Abel Ferreira | 66,7% | 18 | 6 | 6 | 60 |
3 | Juan Pablo Vojvoda | 62,2% | 16 | 8 | 6 | 56 |
4 | Tite | 59,3% | 14 | 6 | 7 | 48 |
5 | Mano Menezes | 56,3% | 8 | 3 | 5 | 27 |
6 | Luis Zubeldía | 55,6% | 12 | 4 | 8 | 40 |
7 | Cuca | 54,5% | 5 | 3 | 3 | 18 |
8 | Roger Machado | 53,8% | 13 | 11 | 7 | 50 |
9 | Rafael Paiva | 52,4% | 9 | 6 | 6 | 33 |
10 | Fernando Seabra | 51,9% | 12 | 6 | 9 | 42 |
11 | Rogério Ceni | 51,1% | 13 | 7 | 10 | 46 |
12 | Eduardo Coudet | 48,7% | 5 | 4 | 4 | 19 |
13 | Gabriel Milito | 47,1% | 10 | 11 | 8 | 41 |
14 | Ramón Díaz | 42,6% | 6 | 5 | 7 | 23 |
15 | Renato Gaúcho | 40,2% | 10 | 5 | 14 | 35 |
16 | Cláudio Tencati | 40,0% | 9 | 9 | 12 | 36 |
17 | Thiago Carpini | 38,3% | 9 | 4 | 14 | 31 |
18 | Pedro Caixinha | 37,8% | 8 | 10 | 12 | 34 |
19 | Petit | 33,3% | 4 | 6 | 8 | 18 |
20 | Jair Ventura | 29,3% | 5 | 7 | 13 | 22 |
21 | António Oliveira | 23,1% | 1 | 6 | 6 | 9 |
22 | Fernando Diniz | 19,0% | 1 | 5 | 8 | 8 |
As equipes de Fernando Diniz sofreram 22 gols em 14 jogos neste Campeonato Brasileiro, o que deixa sua média de gols sofridos em 1,57 por partida.
Técnico | Média de gols sofridos |
---|---|
1º – Mano Menezes | 0,56 (9 em 16 jogos) |
2º – Abel Ferreira | 0,77 (23 em 30 jogos) |
3º – Cuca | 0,82 (9 em 11 jogos) |
4º – Eduardo Coudet | 0,85 (11 em 13 jogos) |
5º – Artur Jorge | 0,87 (26 em 30 jogos) |
6º – Juan Pablo Vojvoda | 1,00 (30 em 30 jogos) |
6º – Fernando Seabra | 1,00 (27 em 27 jogos) |
8º – Luis Zubeldía | 1,04 (25 em 24 jogos) |
9º – Rafael Paiva | 1,05 (22 em 21 jogos) |
10º – Roger Machado | 1,13 (35 em 31 jogos) |
11º – Rogério Ceni | 1,13 (34 em 30 jogos) |
12º – António Oliveira | 1,15 (15 em 13 jogos) |
13º – Tite | 1,19 (32 em 27 jogos) |
14º – Renato Gaúcho | 1,28 (37 em 29 jogos) |
15º – Pedro Caixinha | 1,30 (39 em 30 jogos) |
16º – Petit | 1,33 (24 em 18 jogos) |
17º – Thiago Carpini | 1,37 (37 em 27 jogos) |
18º – Cláudio Tencati | 1,43 (43 em 30 jogos) |
19º – Gabriel Milito | 1,45 (42 em 29 jogos) |
20º – Ramón Díaz | 1,50 (27 em 18 jogos) |
21º – Jair Ventura | 1,52 (38 em 25 jogos) |
22º – Fernando Diniz | 1,57 (22 em 14 jogos) |
E como se não bastasse ver seus times sofrerem muitos gols, Diniz comemorou poucas bolas na rede. Sua média de gols marcados é a segunda menor da liga, de apenas 0,86 por jogo. São 12 gols nos 14 jogos que disputou. Ele fica à frente somente do português Antônio Oliveira, que tem 0,69 gols por partida (9 em 13 jogos).
Técnico | Média de gols marcados |
---|---|
1º – Abel Ferreira | 1,70 (51 em 30 jogos) |
2º – Artur Jorge | 1,60 (48 em 30 jogos) |
3º – Tite | 1,59 (43 em 27 jogos) |
4º – Roger Machado | 1,45 (45 em 31 jogos) |
5º – Ramón Díaz | 1,44 (26 em 18 jogos) |
6º – Gabriel Milito | 1,41 (41 em 29 jogos) |
7º – Rogério Ceni | 1,33 (40 em 30 jogos) |
8º – Juan Pablo Vojvoda | 1,30 (39 em 30 jogos) |
9º – Rafael Paiva | 1,29 (27 em 21 jogos) |
10º – Cuca | 1,27 (14 em 11 jogos) |
11º – Fernando Seabra | 1,26 (34 em 27 jogos) |
12º – Cláudio Tencati | 1,23 (37 em 30 jogos) |
13º – Luis Zubeldía | 1,21 (29 em 24 jogos) |
14º – Petit | 1,17 (21 em 18 jogos) |
15º – Renato Gaúcho | 1,14 (33 em 29 jogos) |
16º – Pedro Caixinha | 1,13 (34 em 30 jogos) |
17º – Thiago Carpini | 1,11 (30 em 27 jogos) |
18º – Jair Ventura | 1,04 (26 em 25 jogos) |
19º – Eduardo Coudet | 0,92 (12 em 13 jogos) |
20º – Mano Menezes | 0,88 (14 em 16 jogos) |
21º – Fernando Diniz | 0,86 (12 em 14 jogos) |
22º – António Oliveira | 0,69 (9 em 13 jogos) |
Essa soma deixa Diniz com o segundo menor saldo de gols, -10 (12 gols feitos e 22 sofridos), perdendo apenas para Jair Ventura, que tem -12, 26 marcados e 38 sofridos em 25 jogos.
Técnico | Saldo |
---|---|
1º – Abel Ferreira | 28 (51 GP e 23 GC) |
2º – Artur Jorge | 22 (48 GP e 26 GC) |
3º – Tite | 11 (43 GP e 32 GC) |
4º – Roger Machado | 10 (45 GP e 35 GC) |
5º – Juan Pablo Vojvoda | 9 (39 GP e 30 GC) |
6º – Fernando Seabra | 7 (34 GP e 27 GC) |
7º – Rogério Ceni | 6 (40 GP e 34 GC) |
8º – Rafael Paiva | 5 (27 GP e 22 GC) |
8º – Mano Menezes | 5 (14 GP e 9 GC) |
8º – Cuca | 5 (14 GP e 9 GC) |
11º – Luis Zubeldía | 4 (29 GP e 25 GC) |
12º – Eduardo Coudet | 1 (12 GP e 11 GC) |
13º – Gabriel Milito | -1 (41 GP e 42 GC) |
13º – Ramón Díaz | -1 (26 GP e 27 GC) |
15º – Petit | -3 (21 GP e 24 GC) |
16º – Renato Gaúcho | -4 (33 GP e 37 GC) |
17º – Pedro Caixinha | -5 (34 GP e 39 GC) |
18º – Cláudio Tencati | -6 (37 GP e 43 GC) |
18º – António Oliveira | -6 (9 GP e 15 GC) |
20º – Thiago Carpini | -7 (30 GP e 37 GC) |
21º – Fernando Diniz | -10 (12 GP e 22 GC) |
22º – Jair Ventura | -12 (26 GP e 38 GC |
*Ficaram de fora do levantamento 19 nomes, entre técnicos efetivos e auxiliares, por não terem o número mínimo de jogos utilizado como critério.