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Zagueiros ou atacantes? Atlético Mineiro aposta em estratégia curiosa em classificação

O Atlético Mineiro soube superar o jogo ruim da ida da terceira fase da Copa do Brasil, quando empatou por 2 a 2 com o Maringá, para vencer a volta por 4 a 0 nesta quarta-feira (21) e garantir a classificação às oitavas de final. A Arena MRV foi palco de uma estratégia inusitada apostada pelo técnico Cuca, resultando em movimentação pouco usual no futebol.

Por conta da forte marcação individual do adversário paranaense, o Galo optou por dar muita liberdade de movimentação para seus jogadores, incluindo até os zagueiros. Isso mesmo, a dupla Lyanco e Junior Alonso pôde sair da posição e avançar tanto que atacava a última linha de defesa do visitante nos momentos que os atacantes flutuavam para o lado e atraiam a marcação — bem ilustrado pelo mapa de calor dos dois.

Os defensores centrais tiveram jogadas ofensivas interessantes, especialmente o paraguaio, que já é acostumado em atacar por conta da experiência como lateral-esquerdo e chegou a acertar a trave em uma jogada na área. Em outra dessas jogadas inusitadas, o goleiro Everson lançou para Lyanco na área, onde o zagueiro sofreu o pênalti que seria desperdiçado por Hulk no segundo tempo.

O zagueiro ex-São Paulo ainda foi o autor do quarto gol do dia, dessa vez de forma que está acostumado a fazer, concluindo de cabeça uma falta cobrada por Bernard.

Mapa de calor de Lyanco (à esquerda) e Alonso em Atlético Mineiro x Maringá com destaque para movimentações ofensivas (Foto: SofaScore)

Para vencer hoje, o Atlético apostou muito na bola longa de seu arqueiro para atacar. Com sete minutos da etapa final, em lançamento na esquerda, Natanael cruzou e Patrick completou. O placar já tinha sido inaugurado, pois Rubens marcou no fim do primeiro tempo após lateral rápido cobrado por Cuello.

— A jogada rápida às vezes complica bastante eles. Temos que aproveitar as brechas, pois é difícil jogar contra eles com essa marcação individual — disse Rubens ao streaming “Amazon Prime” no intervalo do jogo, indicando a estratégia de aproveitar a marcação individual adversária.

Após a saída de Hulk, em dia ruim pela dificuldade em jogar pelo jogo muito direto do Galo, o time ampliou em contra-ataque fulminante concluído por Rony com passe de Gustavo Scarpa aos 33 da segunda parte. O adversário nas oitavas ainda será definido em sorteio.

Atlético sofre alguns sustos do Maringá, mas domina e termina 1º tempo com gol

Desde o primeiro minuto, ficou na cara o roteiro do jogo: o Galo dominando a bola e buscando espaços enquanto o Dogão do Paraná tentaria contra-atacar em velocidade. Considerando essas estratégias, o lado mandante foi superior e até por isso sai em vantagem ao fim da primeira parte.

Em três minutos, Cuello teve duas boas chances, em uma cruzando rasteiro para Rubens quase finalizar e em outra com chute defendido por Rafael William. Um leve apagão na equipe a fez só acordar após os 25. O mesmo ponta argentino concluiu rasteiro uma jogada, mandou uma bomba de fora da área quase que seguido e obrigou a melhor defesa do goleiro do Maringá no jogo em cruzamento no chão de Natanael.

Scarpa também obrigou trabalho do arqueiro rival, além de uma conclusão na rede pelo lado de fora antes que o placar fosse inaugurado de forma justa pelo domínio do time de Cuca do meio para o fim do primeiro tempo.

O visitante teve um breve bom momento no jogo entre os sete e os dez minutos. Aproveitando erro na saída de bola, Robertinho chutou com desvio e Everson espalmou, também salvando a sobra em chute de Matheus Morais. Lucas Bonifácio assustou a torcida atleticana com uma batida venenosa de fora.

Hulk em ação pelo Galo em jogo contra o Maringá
Hulk em ação pelo Galo em jogo contra o Maringá (Foto: Pedro Souza / Atlético)

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Galo domina completamente etapa final

O mandante chegou para o segundo tempo já abrindo o placar com 16 segundo, antevendo o monólogo atleticano que seria a segunda parte. O tento de Cuello foi anulado e o argentino, a fim de mudar o jogo, acertou o travessão na sequência. Alan Franco ainda teve uma chance cara a cara na qual Rafael William brilhou antes que o placar fosse ampliado aos sete.

Cuello ainda obrigou outra defesa do goleiro, mas saiu sem gol no dia, assim como Hulk, com pênalti desperdiçado aos 17. Dez minutos depois, antes de marcar, Rony chutou em cima de William em nova intervenção essencial do visitante, que não superou a pressão e acabou por tomar mais dois gols.



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