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NOTÍCIAS DO FUTEBOL

Prisão em flagrante? Racismo? Especialista explica caso Bobadilla

Reprodução/Instagram

Bobadilla deixou o estádio do Morumbis rapidamente após ser acusado de xenofobia

A vitória do São Paulo sobre o Talleres ficou em segundo plano após a denúncia feita pelo lateral-esquerdo Miguel Navarro, acusando  Damián Bobadilla de ter proferido ofensas xenofóbicas no gramado do Morumbis.

Depois da partida, o atleta do time argentino contou aos policiais que foi chamado pelo atleta Tricolor de “venezuelano morto de fome”.

Em entrevista exclusiva ao iG Esporte, o advogado criminalista  Rafael Paiva, que é mestre em Direito e professor de Direito Penal e Processo Penal, comentou o caso. Tendo em vista a especificidade do caso, Paiva classificou o caso como um crime de xenofobia, explicando que seria possível uma detenção em flagrante do volante paraguaio.

“Nesse caso em particular, a mim não restam dúvidas que estamos diante do crime de xenofobia. Na verdade esse crime em particular não existe na nossa legislação, o que nós temos é o crime de racismo e o STF já tem definido que o crime de racismo também se aplica a casos de xenofobia”, iniciou.

Rafael Paiva é advogado criminalista%2C pós-graduado e mestre em Direito%2C professor de Direito Penal e Processo Penal
Divulgação/M2 Comunicação Juridica

Rafael Paiva é advogado criminalista, pós-graduado e mestre em Direito, professor de Direito Penal e Processo Penal

“Aqui nós temos um crime de racismo praticado por meio de uma xenofobia, um preconceito de origem. Esse é um tipo de crime que admite a prisão em flagrante, então caberia a prisão nesse caso e o encaminhamento para a delegacia de polícia e posteriores ações. Inclusive antigamente tinha-se muita dúvida com relação ao termo injúria racial porque a injúria tem uma pena menor, ela não admite prisão em flagrante. Já a injúria racial, que foi equiparada ao racismo, nós temos aí uma situação que admitiria sim a prisão em flagrante desse jogador”, continuou Dr. Rafael Paiva.

O volante do São Paulo deixou rapidamente o gramado e o estádio após o final da partida, sem falar com a imprensa. Nas redes sociais, muitos torcedores especularam que Bobadilla teria reagido desta forma para “fugir do flagrante”.  O advogado, porém, explica que isto não implicaria em impedimentos para o cumprimento de uma prisão em flagrante.

“Deixar o gramado, teoricamente, não impediria o flagrante porque o flagrante vai ser possível quando o indivíduo está praticando o ato ou quando ele acabou de praticar o ato, ou quando é perseguido após o ato ou quando ele é encontrado depois do ato com instrumentos, objetos que se relacionam ao crime. Então esse “logo após” não tem um período certo na lei, podendo ser um minuto, uma hora… vai depender das circunstâncias, mas mesmo ele deixando o gramado seria possível a prisão dele em flagrante”, finalizou.

Caso haja condenação, o especialista explica que a pena corresponderia ao crime de racismo, prevendo reclusão de 2 a 5 anos.

Desdobramentos

Miguel Navarro
Reprodução / Instagram

Miguel Navarro ficou abalado em campo

Ainda no Morumbis, Navarro procurou as autoridades para registrar um Boletim de Ocorrência contra Bobadilla, que foi procurado pela Polícia no vestiário Tricolor cerca de 20 minutos após o término do confronto, mas o volante já havia deixado o estádio. 

Os jogadores Lautaro Nahuel Bastos e Marcos Ezequiel Portillo, ambos do Talleres, foram ouvidos como testemunhas. O árbitro Piero Maza Gomez também prestou depoimento.

Depois da situação que se desenrolou em campo, o árbitro da partida orientou o são-paulino a descer rapidamente para o vestiário, visando evitar maiores confusões. 

Bobadilla é aguardado pela Polícia para prestar depoimento sobre o caso. 

O que o São Paulo diz sobre o caso?

“O São Paulo Futebol Clube, por meio desta nota oficial, reafirma seu compromisso com os princípios de respeito, igualdade e inclusão, pilares fundamentais que norteiam suas atividades esportivas e institucionais.

Em face dos acontecimentos ocorridos durante a partida contra o Club Atlético Talleres, válida pela CONMEBOL Libertadores, o Clube informa que está acompanhando atentamente a apuração dos fatos pelas autoridades competentes, colaborando integralmente com as investigações em curso.

O São Paulo FC reitera que repudia veementemente qualquer manifestação de discriminação, preconceito ou intolerância, seja ela de natureza racial, étnica, nacional ou de qualquer outra forma.

O Clube permanece à disposição das autoridades e das entidades esportivas para quaisquer esclarecimentos adicionais e reforça seu compromisso contínuo com a promoção de um ambiente esportivo pautado pelo respeito mútuo e pela dignidade humana.

Em relação ao nosso atleta Bobadilla, que, ao longo de sua carreira, não apresentou histórico de conduta disciplinar negativa – ao contrário, sempre pautou sua trajetória pelo profissionalismo – entendemos ser fundamental que o Clube ofereça suporte institucional. O Clube providenciará que ele seja devidamente orientado por meio de medidas educativas que serão conduzidas pela área de compliance”, disse o clube por meio de nota.

Talleres

Queremos expressar nosso repúdio ao ato de xenofobia sofrido pelo nosso jogador Miguel Navarro.

Nos solidarizamos profundamente com Miguel e sua família neste momento. Como instituição, levantamos a voz contra qualquer forma de discriminação. NÃO há lugar para o ódio no futebol.

O futebol é uma ferramenta de integração, respeito e união entre culturas. Continuaremos trabalhando para que esses valores prevaleçam dentro e fora de campo.

Miguel, estamos orgulhosos de você e de suas origens. Todo o Talleres está com você”, publicou o clube cerca de uma hora após a partida.

Bobadilla se pronuncia

Na tarde desta quarta-feira (28), Bobadilla utilizou as redes sociais para se pronunciar sobre o ocorrido.

“Olá a todos, estou aqui para falar um pouco sobre o que aconteceu ontem à noite. Bom, primeiro: foi uma partida muito quente, com um clima tenso durante todo o jogo” , iniciou.

“Depois do nosso segundo gol, tive algumas trocas de palavras com o jogador do Talleres, onde fui ofendido inicialmente e também tratado com um certo desprezo” , disse.

“Nunca tive a intenção de discriminar ninguém e, bom, no calor do momento, reagi mal. Quero pedir desculpas publicamente. Se eu tiver a oportunidade de falar com ele pessoalmente, também pedirei desculpas”, completou.

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