Gilmar Mendes relembra nomeação para o STF por FHC e defende diálogo como solução republicana

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou as redes sociais nesta quinta-feira (29) para compartilhar um #tbt especial: a lembrança dos 23 anos de sua nomeação à Corte, assinada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), em 2002. Mendes é o atual decano do Supremo e a hashtag é usada nas redes para remeter a acontecimentos passados

“Há 23 anos, no dia 27 de maio, o então presidente Fernando Henrique Cardoso assinou minha nomeação para o Supremo Tribunal Federal. Poucos dias depois, me despedi da Advocacia-Geral da União (AGU) para assumir a cadeira deixada por Néri da Silveira no STF”, escreveu o magistrado, relembrando a transição do Executivo para o Judiciário.

Na publicação, Gilmar Mendes destacou os “ dois anos frutíferos à frente da AGU ”, período em que enfrentou desafios significativos no cenário institucional. Entre os casos de maior impacto, citou a Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 9, responsável por validar o programa de racionamento de energia implementado pelo governo FHC em resposta à crise do apagão energético no país.

O ministro também resgatou uma reflexão filosófica para ilustrar a importância do ambiente público no fortalecimento de valores institucionais. “Michel de Montaigne adverte que ‘assim como o nosso espírito se fortalece na convivência com os espíritos rigorosos e sensatos, também se empobrece e degenera pelo comércio com os vulgares e doentios’”, publicou.

Na avaliação de Gilmar Mendes, a experiência no Executivo consolidou sua convicção sobre a importância do diálogo como ferramenta essencial para a construção de soluções no ambiente republicano.

“A busca pelo diálogo é sempre o melhor caminho para a construção conjunta de soluções”, concluiu.

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