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Cano encerra jejum de 171 dias, e Fluminense vence Athletico no Brasileirão

O Fluminense tinha uma noite especial nesta terça (22), no Maracanã. E sempre que os tricolores precisam, quem não lhes falta é Karol Wojtyła, que há 46 anos se tornava o Papa João Paulo II, o João de Deus, padroeiro do clube.

Desde 2022, também, quem não falta é Germán Cano. Após 19 jogos e 171 dias sem marcar, o argentino encerrou jejum e marcou o gol da vitória sobre o Athletico, no Campeonato Brasileiro.

 

Foi a terceira vitória seguida do Flu, que chega aos 36 pontos e pega o elevador para a 11ª colocação do Brasileirão. Agora, o Tricolor está na zona de classificação à Copa Sul-Americana, e com mesmo número de jogos que seus concorrentes, e abre quatro pontos da zona de rebaixamento.

Com o gol da noite, Cano marcou pela 90ª vez pelo Fluminense.

Fluminense faz primeiro tempo lento e facilita ferrolho do Athletico

O jogo adiado pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro se tornou um confronto direto contra o rebaixamento. Na 15ª colocação, o Fluminense tinha a vantagem de jogar em casa contra o Athletico, que em 18º na tabela, precisava vencer para sair do Z4.

O retrospecto recente do Furacão era horrível: nenhuma vitória nos 10 últimos jogos do Brasileirão. Não à toa, o time comandado por Lucho González escolheu se defender.

Os paranaenses montaram um verdadeiro ferrolho, com cinco jogadores na defesa e mais quatro no meio, baixando os laterais e transformando os pontas quase em volantes.

Fluminense de Mano Menezes demorou a reagir no jogo, mas venceu mais uma – Foto: Imago

Lento, o Fluminense entrou no jogo do Athletico. Faltava velocidade, força e especialmente presença no ataque, que tinha Lima na ponta-esquerda.

O meia foi o melhor do Flu no primeiro tempo, mas a equipe precisava ser mais aguda. De seus pés, contudo, saíram dois dos chutes mais perigosos do Tricolor no primeiro tempo, aos 7 e aos 41. Arias foi responsável pelo outro, já nos acréscimos.

Arbitragem picota jogo e irrita o Fluminense

O Athletico veio ao Maracanã para se defender e sair nos contra-ataques. A opção de Lucho González em jogar por uma bola é justa e faz parte do futebol. Já a arbitragem de Bráulio da Silva Machado, entretanto, não.

Aos 10 minutos, Bráulio deixou de marcar falta clara em Bernal que criou ataque perigoso para os visitantes. O uruguaio precisou de atendimento após tomar um tapa no rosto que lhe deixou com um pequeno sangramento. Ainda assim, nada de cartões ou revisão no VAR.

Lima foi o melhor do Fluminense no primeiro tempo - Foto: Imago
Lima foi o melhor do Fluminense no primeiro tempo – Foto: Imago

Nos dois minutos seguintes, o árbitro criou mais uma confusão. Primeiro, deu uma vantagem inexistente para o Fluminense que gerou um contra-ataque do Athletico parado por Samuel Xavier. O lateral-direito foi punido com o cartão amarelo. Na sequência, errou em duas faltas e precisou dar outro cartão, desta vez, para Fernando, lateral-esquerdo dos visitantes.

Mano Menezes foi à loucura no banco de reservas, bem como os jogadores suplentes — especialmente Felipe Melo. O técnico tomou cartão amarelo logo aos 15 minutos de jogo.

Cano faz gol chorado após 19 jogos e dá vitória ao Fluminense

O campo dava recados que Mano Menezes, a essa altura, demorava a entender. Primeiro, a substituição óbvia era tirar Facundo Bernal, mal no jogo, para a entrada de um jogador de velocidade no ataque. Mas o técnico só fez isso aos 12 minutos, quando deveria ter resolvido no intervalo.

Aos 24, também um pouco atrasado, contudo, o treinador colocou Germán Cano. E o argentino, 19 jogos depois, resolveu o jogo. Quando a partida se tornava perigosa e o Athletico tinha as melhores chances da partida, com Pablo e Emmerson, o ídolo salvou o Fluminense.

Aos 35, Diogo Barbosa cruzou bem, Samuel Xavier cabeceou na zaga, e a bola sobrou para o centroavante iluminado, na pequena área. Sem humildade em gol, o ídolo do Fluminense entrou com bola e tudo.

Alguns dirão que foi sem jeito. Mas foi com a mão de João de Deus, que se tornou papa 46 anos atrás, dois antes de virar também figura importante na história tricolor ao abençoar o título carioca do Fluminense sobre o Vasco, em 1980.



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