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Um ano depois de saída, Gundogan encontrará espaço no Manchester City?

Um ano depois de saída, Gundogan encontrará espaço no Manchester City?

Pouco mais de um ano após deixar o Manchester City de graça, o meio-campista Ilkay Gundogan corrigiu a rota, saiu do Barcelona e voltou para sua “casa”, como definiu em anúncio nesta sexta-feira (23).

— É tão bom estar em casa. E eu estou realmente grato pelas boas-vindas. Normalmente não sou o tipo de cara que olha tanto para as mídias sociais […], mas eu li um pouco [das mensagens] e 99,9% foi simplesmente incrível e positivo. — celebrou, emendando:

— Quando as pessoas desejam que eu volte e ainda por cima também as mensagens que recebi de Manchester das pessoas aqui de Manchester. [Eles] foram todos muito positivos, você sabe, e isso me mostrou que essa decisão é muito certa. — completou.

O carinho da torcida não é por acaso. Foram 8 anos de Gundogan nos Citizens, entre 2016 e 2023, com 304 jogos, 60 gols e 14 taças, incluindo a Tríplice Coroa no último ano como capitão.

Gundo, como é chamado carinhosamente, encontrará o time de Pep Guardiola novamente como campeão inglês, o penta consecutivo, e será terá espaço no meio-campo? É o que a Trivela tenta responder neste artigo.

Primeiro, onde Gundogan pode jogar?

Gundogan no retorno ao Manchester City (Foto: Divulgação)

Aos 33 anos, o fã de futebol sabe bem da qualidade do alemão, vista no Borussia Dortmund, Barça e, obviamente, no Manchester City.

Um meio-campista completo, pode ser o primeiro volante pela qualidade na distribuição e por ver o jogo de frente, com mais espaço para dar lançamentos e fazer o jogo progredir.

Apesar de fazer bem a função de “camisa 5”, é ainda mais espetacular quando tem liberdade para atacar e pisar na área, seja como um meia mais avançado ou de segundo volante.

Com suas infiltrações entre zagueiro e lateral, Gundogan marcou muitas vezes no City.

Em 2020/21, sua temporada mais artilheira na carreira quando foi até falso nove, foram 17 gols em 46 jogos, além de 4 assistências. Gundo também é um batedor de pênaltis confiável.

Tudo que agrega ao jogo de qualquer time não deixou dúvidas para Guardiola o recontratar, mesmo com a alta idade, um perfil pouco comum de contratação nos Citizens.

— Não tivemos dúvidas quando a possibilidade [de recontratar Gundogan] foi aberta, então estamos absolutamente felizes por ele estar de volta. Tenho a sensação de que ele não vem aqui para se aposentar ou lembrar das boas memórias que temos. — revelou Pep, completando:

— Eu amo meio-campistas e amo suas qualidades. Ele nos dá uma alternativa na forma como queremos jogar. Ele pode se adaptar perfeitamente em duas ou três funções. — finalizou.

Pep Guardiola abraça Gundogan após título do Manchester City (Foto: IMAGO / Pro Sports Images)

A titularidade do alemão, no entanto, parece ser um desafio e tanto para o técnico catalão resolver.

Com Foden e De Bruyne por dentro, será difícil para o alemão ser titular no Manchester City

Com todo mundo saudável e em boas condições, Gundogan incrivelmente não seria o titular. As três posições possíveis de hoje estão muito bem ocupadas.

Rodri é o primeiro volante e ninguém discute, enquanto tem à frente dele Kevin de Bruyne, o craque do time, e Phil Foden, eleito o melhor jogador da última Premier League.

O Manchester City “ideal” de hoje:

A escalação ideal do Manchester City (Foto: Lineup Builder)

Até a última temporada, o natural seria o jovem Foden perder o lugar e reeditar o meio-campo que levou tudo em 2022/23. Porém, o inglês finalmente se consolidou e foi o jogador mais decisivo do tetracampeonato, mais até que De Bruyne ou Haaland.

Então, Gundo sai atrás na disputa por posição e terá que inicialmente se contentar com a reserva, ganhando minutos vindo do banco. Só que há esperança.

Como toda temporada tem tido quase 60 jogos, o meio-campista deve ganhar muito tempo em campo para reconquistar a posição e, quem sabe, a braçadeira de capitão, hoje no braço de Kyle Walker.

Ainda há as questões físicas que costumam atormentar De Bruyne. Na última temporada, por exemplo, o belga perdeu mais de três meses por uma lesão na coxa.

Gundogan foi a primeira contratação de Guardiola e pode ser a última

Ilkay Gundogan quando chegou ao Manchester City, em 2016 (Foto: Reprodução / mcfc.com)

Quando pisou em Manchester, a primeira contratação que Guardiola solicitou foi do meia que o atrapalhou no período que treinou o Bayern de Munique entre 2014 e 2016.

Gundogan chegou ao City em julho de 2016 por 27 milhões de euros para trazer qualidade ao meio-campo, como Pep adora.

Passados oito anos disso, o alemão volta aos Citizens a 7 dias do fechamento da janela de transferências e pode ser tanto a primeira contratação do técnico catalão na Inglaterra como a última.

Isso porque o contrato do comandante com o clube inglês finaliza no meio de 2025 e ele já deu indícios que pode sair.

— A verdade é que estou mais perto de sair do que de ficar. Já são oito anos, vão ser nove. No momento, meu sentimento é de quero ficar para a próxima temporada. Conversei com o clube e teremos mais tempo para falar na próxima temporada. Temos que conversar com os atletas também. — falou à Sky Sports após o último título inglês.

Parece o fim de uma era no Etihad Stadium, com a proximidade do julgamento sobre as 115 violações de regras financeiras (que pode até rebaixar o time) e também a possibilidade de Kevin de Bruyne também sair.

Tudo isso indica também um 2024/25 dedicado a Pep. A torcida e os jogadores devem correr atrás para que o fim do maior momento da história do clube seja com festa e celebração ao grande treinador desta geração.

E o City começou essa trajetória da melhor maneira: título da Community Shield em cima do rival Manchester United e vitória sobre o Chelsea na abertura do Campeonato Inglês.

Neste sábado (23), eles voltam a campo, em casa, contra o Ipswich Town.



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