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‘Brasil é uma bagunça disfuncional, boa sorte, Carlo Ancelotti’

No início da semana, Carlo Ancelotti é anunciado como mais novo técnico da seleção brasileira. Dias, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, é afastado do cargo. Um cenário caótico antes mesmo do italiano assumir a Amarelinha, o que acontecerá somente no próximo dia 26.

E os bastidores turbulentos da entidade máxima do futebol, aliado à instabilidade da Seleção dentro de campo, impressionam a imprensa estrangeira. O inglês “The Athletic” fez uma análise da situação com o título: “Brasil é uma bagunça disfuncional” — além de desejar “boa sorte” a Ancelotti.

Mais do que ressaltar a instabilidade institucional da CBF, o site fez um panorama dos problemas da seleção brasileira às vésperas da Copa do Mundo de 2026. O “The Athletic” também apontou os obstáculos que o novo treinador da Amarelinha irá encontrar no futebol do país.

A postura de Ednaldo com a contratação de Ancelotti

Pela segunda fez, Ednaldo Rodrigues é afastado da presidência da CBF Foto: (Imago)

Após dois anos e meio do interesse público em contar com o italiano, a CBF oficializou a contratação de Carlo Ancelotti na última segunda-feira (12) — antes mesmo dos Merengues anunciarem a saída do técnico. E o anúncio de Ednaldo foi alvo de críticas.

O portal reforça que as negociações com Carlo Ancelotti podem receber vários adjetivos, mas “estratégico” não é um deles. Até o treinador italiano ser confirmado na Amarelinha, o acordo foi noticiado como cancelado, emperrado, até ser, de fato, finalizado.

O “The Athletic” também foi crítico à frase de “arrogância galática” do ex-presidente da entidade brasileira, que colocava a Seleção como “a maior do planeta”. Para o site, esse argumento não condiz com a realidade do país do futebol.

— Só se você acabou de acordar de um coma de duas décadas.

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A realidade da seleção brasileira

Seleção brasileira 2025 Foto: (Flickr/CBF)
Seleção brasileira 2025 Foto: (Flickr/CBF)

Eliminações traumáticas desde o penta à parte, o portal deu ênfase ao ciclo desastroso da seleção brasileira para o Mundial nos Estados Unidos, México e Canadá. Três treinadores em dois anos, falta de plano tático e fracassos em competições recentes são alguns dos destaques.

Eliminada nas quartas de finais da última Copa América, goleada pela Argentina na última partidas das Eliminatórias Sul-Americanas, esse é o saldo do trabalho de Dorival Júnior na Amarelinha antes da chegada do técnico italiano de 65 anos.

A ausência de um time titular, com exceção de três jogadores, também é exposto pelo “The Athletic”. Outrora referência, as laterais da Seleção não são unanimidades. O meio-campo do Brasil também suscita preocupações.

— O que realmente é preciso, é um pouco de humildade.

Escreve o jornalista Jack Lang.

Por fim, o italiano terá que lidar com a questão Neymar. Fora da seleção brasileira desde outubro de 2023, quando sofreu uma grave lesão no joelho, o camisa 10 não conseguiu recuperar o bom condicionamento físico e deixou de ser a liderança da Amarelinha nos últimos anos.

Carlo Ancelotti pode ser vítima da cultura imediatista

Ancelotti pode pagar o preço da falta de tempo na Seleção (Foto: Imago)
Ancelotti pode pagar o preço da falta de tempo na Seleção (Foto: Imago)

Para completar, Ancelotti pode ser mais uma vítima da cultura imediatista do futebol brasileiro. Com contrato assinado até o final da próxima Copa do Mundo, o futuro do treinador italiano depende exclusivamente de seus resultados a curto prazo.

— Condenado se fizer, condenado se não fizer? Essas são as contradições do futebol brasileiro. É nisso que Ancelotti está se metendo.

Até mesmo um meme de um vídeo antigo de Carlo Ancelotti segurando às lágrimas foi utilizado pelo site prever seu primeiro contato com o futebol no país. Quando mergulhar de cabeça no que acontece no Brasil, o novo técnico da Seleção pode se surpreender.

— Estádios meio vazios, gramados irregulares, arbitragem grotesca, planejamento míope a curto prazo e uma sensação devastadora de aborrecimento.

Completa o “The Athletic.



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