O promotor do Tribunal Penal Internacional, Karim Khan, renunciou temporariamente ao cargo, enquanto a investigação das Nações Unidas sobre uma suposta má conduta sexual cometida por ele se aproxima do fim, disseram fontes do tribunal à Reuters na sexta-feira.
Um comunicado é esperado ainda nesta sexta-feira anunciando que Khan entraria em licença administrativa, informaram fontes.
A promotoria não estava imediatamente disponível para comentar.
Khan negou as alegações de má conduta relatadas ao órgão dirigente do tribunal em outubro do ano passado.
Quando as acusações surgiram, diversas ONGs e funcionários do TPI solicitaram a renúncia temporária do promotor durante a investigação, mas o ele permaneceu no cargo.
Fontes, que falaram sob condição de anonimato para discutir um assunto delicado, afirmaram à Reuters que Khan havia conversado com investigadores da ONU na semana passada, no que se acredita ser a entrevista final da investigação externa sobre as alegações, iniciada em dezembro.
Não está claro quando a investigação será concluída, nem qual será o resultado e o que isso significará.
Uma fonte da promotoria contou que não estava claro quem assumiria as funções de Khan no TPI.
O Tribunal foi atingido por sanções dos EUA durante o governo do presidente Donald Trump e tem investigações de crimes de guerra de alto nível em andamento sobre o conflito entre Israel e o Hamas e a guerra da Rússia na Ucrânia.
